Uma noite caótica

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Maia parecia perdida, solitária em um lugar cujo aparentava ter vagas memórias.
-Mas que tipo de lugar é esse? Eu... isso é uma floresta? Ta tudo tão escuro, não consigo ver absolutamente nada.
Ao movimentar-se por entre matos, viu-se aproximar de um local relativamente familiar.
-Mas, Mas não é possível. É minha casa. Por que está tudo tão escuro? Vó? Tá aí?
Um silêncio ensurdecedor parecia dominar o local. A casa, antes sinônimo de conforto, agora lhe parecia tão amedrontadora quanto a suposta floresta antes habitada. Estava mal iluminada e de certa forma parecia dominada por um clima extremamente tenso.
-O que aconteceu? Por que vovó não responde? Ah, vou entrar, é a única forma de descobrir.
Ao empurrar a porta da frente, que por sua vez fez um rangido assustador, viu-se arrepiar da cabeça aos pés. Até que uma forte voz masculina interrompeu o pesado silêncio.
-Quem está aí? Maia? É você? Estava te esperando.-Surge um homem alto é forte, com a barba mal feita, não apresentava ser de bom caráter.- Você está muito nervosa, acalme-se, quer um bombom? -disse o homem ao se aproximar com um simpático e assustador sorriso estampado no rosto.
-Quem é você? Cadê vovó?-Pergunta Maia, ignorando a proposta feita pelo desconhecido.
- Calma, eu e a vovó estamos em uma brincadeira de esconde-esconde. Você não quer brincar também? Basta fechar os olhos.
Maia sentiu uma enorme sensação de desconforto vinda do estranho, e então lembrou -se dos ensinamentos de sua avó diante tal situação.
-"Não acredita em nenhum estranho, principalmente se ele te oferecer algum doce, ou coisa do tipo. Tu é uma menina nova e bonita, esse mundo de hoje tá nojento, não dá mais pra confiar em ninguém."
Assustada com a situação, Maia então desfere um chute forte e concentrado com foco na região genital do homem.
-Aaaaa, sua piranha.
Gemendo de dor, o homem leva as mãos à seu órgão para protegê-lo de um possivel novo golpe e, aproveitando a situação, Maia desfere vários socos contra o mesmo.
-Babaca, eu sou é do Abiaugi "rapá".
Maia então saiu em direção aos quartos para procurar a sua avó.
-Vó, ta aí?
Após sair do segundo quarto tem à sua frente uma surpresa, o home havia se recuperado, estava com o rosto desfigurado e sagrando. Estava, agora, empunhando uma faca. Desta vez não haveria saída. Maia se viu dominada pelo medo. E foi então que abriu os olhos. Viu as telhas de sua casa.
- Meu senhor, isso tudo foi um sonho? Parecia tão real.
Viu-se Maia de novo em sua casa, porém agora com um clima doce e amoroso como de costume. Sua avó dormia ao seu lado, em sua mesma cama.
- Nossa, que pesadelo... Mano, que horas são?
Foi então que virou-se para ver o relógio. Eram 2:58 da madrugada, Maia sentiu-se tentada à voltar a dormir. Subitamente desviou o olhar do relógio à comuda de sua avó, e na frente de tal, viu o que parecia ser o rosto de uma assombração. Não possuia corpo. Era apenas a cabeça, totalmente desfigurada, de uma menina morena. Maia, que tinha pele negra, parecia estar branca, ficou congelada por alguns segundos, e em seguida fechou os olhos e começou a orar.
-Senhor, eu te peço perdão por todos os meu pecados, te peço, também, senhor, que me livre de todos os maus e de todos os demônios. Eu confio em ti, porque sei que tu és poderoso.
Ela, então, abriu os olhos. A espantosa imagem já não estava mais lá, e Maia se sentiu confiante para levantar-se e ir beber água. Em seguida voltou à cama e tornou dormir.

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⏰ Última atualização: Jul 12, 2019 ⏰

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