É NOSSO SEGREDO

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Quem passa 40 minutos no google pesquisando a vida de uma pessoa? Eu mesma. Aquele telefonema não saiu da minha cabeça, e eu nunca pensei tanto sobre um nome.
Bom, Liz Wood é uma renomada advogada. Pelo o que parece já ganhou casos considerados impossíveis. Mas ainda não entendo por que procurar por ela pode ser importante.

- Boa tarde, escritório da senhorita Wood, quem gostaria?

- Oi, boa tarde, eu sou Chloe Buckler.

- Oh sim, ela está esperando sua ligação. Só um minuto, por favor.

- Ela está esperando minha ligação? Como assim? Alô?

- Chloe Buckler?

- Sim?

- Sua irmã me disse que você me procuraria.

- Você falou com a Abby? Quando?

- Bom, na verdade eu recebi um e-mail mais ou menos um ano atrás em nome dela, com algumas instruções.

- Meu Deus do céu.

- Está tudo bem?

- Minha irmã foi assassinada à cinco anos Liz.

- O que? Mas o e-mail foi bem claro, você ia me procurar e eu teria que ajudá-la num processo importante. Você viu os jornais?

- Jornais? Hoje não, por que?

- Segundo o detetive Warren, você virou a principal suspeita depois do caso ser reaberto.

- Você acha que minha irmã está viva?

- Precisamos conversar pessoalmente. Vou até o seu consultório amanhã de manhã.

- É melhor no escritório que fica no meu prédio, te passo o endereço por email.

- Ok, fico no aguardo

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- ABBY VOCÊ ESTÁ VIVA! O QUE ACONTECEU? - exclamei enquanto a abraçava.

- Eu juro que vou te explicar tudo. Mas agora não dá tempo.

- O que você está fazendo aqui?

- Você está numa situação complicada agora Leesh. Aquele homem não é uma pessoa boa e vai fazer de tudo pra te prejudicar. E você corre o risco de ser presa, eu vou te ajudar.

- Como assim? Por que você não volta?

- Não confie em ninguém além da Liz. Siga as instruções dela. Desculpa.

- Abby? ABBY? - levantei da cama suando, desesperada. Que sonho foi esse? Tô ficando louca. Vou até a cozinha e pego um copo com água. 04:30 e meu sono foi embora. Pelo jeito o dia hoje vai ser corrido.

- A senhora vai pedir algo? - levanto o olhar do celular pro garçom á minha frente, ele segura uma caderneta enquanto olha em volta da cafetaria relativamente cheia.

- Poderia me trazer um cappuccino? - coloco o celular sobre a mesa e pego uma pequena agenda dentro da bolsa, repousando-a sobre a mesa também.

- Claro, mais alguma coisa? - o rapaz se prepara pra voltar ao balcão.

- Ah, uma fatia de bolo de chocolate também.

- Ok, trago num instante. Prefere o bolo agora ou junto com o cappuccino?

- Pode trazer os dois juntos, obrigado. - ele se vira e entrega o pedido para uma moça atrás do balcão, que prontamente se dirige à uma das máquinas de café. Olho as pessoas sentadas às mesas próximas, cada uma alheia em seus próprios problemas. Algumas afundadas em seus celulares, outras olhando jornais.

- Chloe?

- Liz? - rimos e ela se sentou. A advogada era uma mulher deslumbrante, alta, morena e o mais elegante que você possa imaginar.

- Quer conversar aqui mesmo?

- Você que sabe, mas podemos comer primeiro.

- Claro, vamos comer - nesse momento o garçom chega em nossa mesa com meu capuccino e o bolo.

- Desejam algo mais?

- Eu quero um café expresso com chantilly e um pedaço de torta de morango. - Nataly pede e emendo em seguida - me traz dois cookies de baunilha também.

- Ok senhoras. - ele volta pro balcão e seguimos a conversa.

- Cookies ein? Inexplicavelmente no e-mail que recebi falava deles também.

- Sério? Os daqui são os melhores, sempre gostei, desde criança. Mas, me fale mais sobre o e-mail.

- Eu o recebi a mais ou menos um ano. No título só havia a palavra Buckler e o conteúdo era bem interessante. Me dizia que você iria me procurar, não naquela hora, um tempo depois, eu iria receber o pagamento, mas não de você, e que no momento certo iria me ligar. O endereço é do Brail, procurei saber mais, mas a pessoa não deixou rastros, e era assinado com o nome de sua irmã, mas agora tenho dúvidas quanto a isso.

- Bom, se vou confiar em você, preciso te contar umas coisas também.