PRÓLOGO

32 7 2
                                    

   2 ANOS ANTES

PEGUEI AS CHAVES. Saí da delegacia às 11 e 43 da noite. Não tinha mais ninguém, a não ser os guardas do lado de fora. Passei com a cara fechada.

_ Boa noite, Ana _um dos guardas disseram e pelo o risinho sarcástico e a garrafa de cerveja na mão, estavam bêbados. Não respondi. Estou hà 3 meses fazendo estágio na delegacia de Rujkan, para me especializar antes de ir para o PTEUSA _Programa de Treinamento do Exército dos Estados Unidos da América_ e como faz tão pouco tempo, ainda não confio em ninguém.

Fui ao estacionamento pegar a minha moto. Silêncio. A noite estava fria pelo o temporal de logo cedo. Deparei com a minha moto molhada pela a neblina. Limpei-a brutamente. Respirei fundo. De repente algo cai, quebrando o silêncio, fazendo meu coração disparar.

Olhei depressa ao redor. Ninguém. Voltei ao meu foco e montei na moto. Sem gasolina.

_ Porcaria! _resmunguei. O jeito seria levar a moto até do lado de fora e ligar para alguém me ajudar. Foi o que eu fiz. Levei-a até onde consegui. Num beco que dava para a rua principal, que tinha algumas lojas abertas ainda. Deixei minha moto de lado e peguei meu celular. Descarregado.

_ Droga! _ gritei, o que fez um eco. Olhei ao redor, tudo silencioso, um pouco macabro, podemos dizer. _ está parecendo mais um filme de suspen..

_ Oi _ escutei uma voz. E me assustei de novo jogando a mão ao peito.

_ Ah! _falei aliviada. Era Robert. Um dos zeladores da delegacia. _ é você.

_ Sim! Precisando de ajuda? _ele perguntou gentil. Olhei para ele. Até que era bem bonito para zelador. Sorri.

_ Ah claro _respondi me voltando a moto. _minha moto está sem gaso..._quando me virei para ele, ele estava com uma arma apontada para mim.

Como assim?

Fiquei paralisada. Sua expressão passou de bom moço para aterrorizador. Engoli em seco.

O que ele quer?

Silêncio. Minha cabeça ficou confusa. Mas consegui me lembrar da aula da terça passada.

Reagir a um assalto: faça uma expressão leve e calma; levanta as mãos ao alto como se fosse se render; calmamente pegue a arma na cintura e mira o mais rápido possível. Foi exatamente isso o que fiz.

De repente estávamos apontando uma arma para outro. Sei que eu não deveria estar com ela, não é minha, mas enfim, estou e agora numa enrascada com o dedo no gatilho pronta para atirar.

_ Calma, Robert... _ falei baixo e calma. _ não precisamos fazer isso...

_ Ei! _uma voz me chamou atenção e soltei o dedo... disparando a bala. Olhei desesperada para a pessoa que gritou. Um garoto que não conheço. Voltei a olhar para a frente onde o corpo de Robert estava caído no chão. Comecei a tremer.

_ Morto... _murmurei. _ eu... o... ma... eu o matei? _comecei a chorar desesperadamente.

_ Calma _ o garoto falou. _ vem comigo. E me deixei ser levada por um completo estranho.

O Elo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora