.𝐥𝐚́𝐠𝐫𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐬𝐮́𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚

𝐝𝐞𝐬𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐢𝐧𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐭𝐚𝐬.

capítulo único.

donghyuck pós a mão em seus lábios secos, em uma tentativa falha de abafar o som dos seus soluços, do seu desespero. expulsou mark de sua pele morena para nunca mais, ele é o agora demônio que nunca mais poderá o tocar. pórem, como pode ele o ter exorcizado se ao menos consegue lidar com o fato de que, desta vez, ele não irá mais voltar? despedidas incompletas sempre foi um fato do qual o lee nunca soube lidar muito bem.

— foi melhor... assim. — falou com uma pausa no meio da frase devido um soluço. prometeu a si mesmo que nunca mais vai o deixar beijar seus lábios hoje para dormir com outros corpos amanhã. e então ele tenta se levantar mas caí novamente pela fraqueza que o devorou, assim como o vazio dentro de si. "eu não preciso dele", repetiu em sua mente milhões de vezes.

desde quando virou tão tolo? fala que foi melhor assim enquanto suas lágrimas salgadas caem em uma súplica para que mark volte. então, se dando conta da derrota que está, suspirou fundo e se jogou no chão, desistindo de qualquer coisa, deixando que a dor ardente o consuma por inteiro. e então ela o devora, assola seus pensamentos e domina suas emoções. donghyuck, por sua vez, não luta contra isso, apenas se entrega cada a vez mais a este sentimento, o que mais poderia fazer, afinal?

para donghyuck, mark era o próprio deus. e ele era seu devoto, logo donghyuck, que nunca foi lá tão religioso. se entregou a ele como Eva se entregou ao pecado, porque mark era o seu pecado mais bonito e delicioso. sua beleza exuberante, sua voz hipnotozante e seus olhos de mar, tudo no menino parecia ser uma daquelas poesias que costuma ler na internet, tão lindas que chega chorar no processo de leitura.

mas para mark, donghyuck não passou de apenas mais um de seus adoradores, e se ele o considerou algo a mais não disse, esse sempre foi um problema típico de si, nunca falar nada e esperar que todos saibam de tudo. seu orgulho enorme nunca o permitiu sentir nada a mais do que o necessário julgado por ele, seu ego sempre o elevou a ser mais do que qualquer outro, sempre foi superior a todos, em sua concepção.

— 'é mark... — deu uma pausa, rindo sem humor. — eu sempre te achei tudo, mas acho que você nunca pensou em mim como algo.