O príncipe é apenas um sapo

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   Abro os meus olhos, O cheiro forte de alvejante tampa o meu nariz, me levanto rapidamente da cama do hospital.

   - Você acordou já? - a pergunta me veio de surpresa.

   - Você desmaiou sabe, por causa do sangue. - era o mesmo cara da rua que me atropelou, seu cabelo era em um tom forte de castanho, sua pele era de uma cor clara, mas queimada de sol.

  - Odeio sangue. - foi tudo o que saiu de minha boca.

  - Sou o Jonathan,  prazer te conhecer. - ele disse estendendo sua mão para minha direção.  Isso é sério? O cara acabou de me atropelar e quer se apresentar ainda por cima.

- Maria Julia.  - falei apertando sua mão.

- Isso era seu ? - ele perguntou pegando alguma coisa em seu bolso da calça, quando ele estendeu a sua mão, mostrou o meu celular novo, que havia comprado a três semanas, só que havia um problema ele estava todo despedaçado.

- Meu Deus. - dei um grito que ecoou por todo o quarto, tampei a boca com as minhas mãos.

Peguei o celular em minhas mão, ele estava quebrado, nem ligava.

- Então, ele deu uma quebradinha, mais eu pago o conserto. - quando ele disse isso, me fez sentir pior ainda.

- Tudo bem, sério. - claro que eu não disse sério, olhei para o relógio do meu pulso e estava marcado 13:30, meu coração disparou nesse momento.

- Caçamba. - não acredito que eu disse isso. - preciso ir, entro no serviço as 14:00, tentei me levantar da cama.

- Você não recebeu alta ainda. - disse ele se levantando da cadeira ao lado.

- Quem liga pra isso? - falei, já assisti isso em filmes, é só sair de fininho pelas porta do fundo.

- Eu ligo. - cala a boca antes que eu te dê um soco, moço,  pensei comigo. - Você vai ficar aqui até o médico te examinar e aí eu te levo pra casa.

- Você é bem controlador sabia, sua namorada não deve gostar disso. - falei sem nenhum motivo.

- Não tenho namorada. - ele respondeu abrindo um sorriso.

- Então deve ser por isso, que você não tem. - joguei na cara dele.