Capitulo 1; Mudança

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Terminar meu namoro com Argentina foi uma escolha difícil na minha vida, estávamos junto a tanto tempo desde nosso grande conflito com o Paraguai que quase acabou com nosso namoro. Infelizmente nada mais funcionava somos muito diferentes, não existia mais tesão, não existia mais companheirismo não existia mais amizade, amor, risadas e a nossa rivalidade no Futebol não estava nos ajudando estava simplesmente na hora de seguir em frente ou viver em estresse por toda a minha vida com ele, foi horrível, eu não soube me expressar sou muito sentimental e como sempre cai em lagrimas enquanto tentava dizer tudo que sentia sobre nós, ele em si manteve-se serio entendeu meu lado, deixou-me ir sem questionar como se já tivesse esse sentimento a tanto tempo quanto eu, agora não conversamos mais, estamos em uma fase de nosso fim de namoro ao qual não conseguimos olhar um para a cara do outro ou se quer ver uma postagem do outro sem cair em lagrimas, eu pelo menos não consigo, eu ainda o amo... ou talvez, não, não o amo mas ainda sinto tanto por ele, Argentina foi o meu primeiro tudo, o meu primeiro beijo, a minha primeira noite de prazer, primeira vez em chorar por filmes melosos clichês por que achava que era aquilo que iria viver com ele, mas já dei um ponto quanto a tudo isso, não dá para voltar atrás, agora eu preciso seguir em frente...

Meu nome é Brasil, moro sozinho na América, mudei-me a pouco tempo, meu pai Portugal vive na Europa, não conversamos muito ele é sério e raramente me manda mensagem para saber se estou bem, depois de nossos conflitos passados, fui um adolescente rebelde, fiz uma grande confusão para ser independente e no fim tomei isso a força e mudei-me para a América, deixei uma vida de rei para viver aqui com os meus amigos, e suposto "amor da minha vida", deixei família, dignidade, e muito dinheiro para trás para ter tudo isso por mim mesmo, comecei do zero em uma das grandes cidades das Américas, muito dos meus amigos vivem por aqui, boa parte são filhos de espanhóis, estou no último ano do ensino médio, pouco para a minha vida adulta começar de verdade, não sei se estou pronto para ter que realmente lidar com tudo isso, falar e pensar sobre é tão legal, mas quando você fica rosto a rosto quanto a isso é assustador tudo parece cair a sua fantasia romântica quebra-se em pedaços e parece que você tomou uma das piores decisões de sua vida inteira, é uma fase nível hard da vida, onde tudo é tão difícil e tudo é tão fácil, tudo é tão triste e tudo é tão feliz e perfeito, uma montanha russa de sentimentos, de dor a ternura de ternura a desconforto. Mas, eu estou pronto, e eu vou passar por essa fase...

Era 7;30 de uma manhã de segunda feira, eu tinha colégio as 8;30 por sorte morava alguns minutos do colégio e como já tinha 18 anos já podia dirigir então isso ajudava-me muito devido o fato de eu SEMPRE estar atrasado para ir ao colégio, e hoje não foi diferente, o despertador tocou novamente, olhei para ele vendo o horário e em um pulo peguei minhas roupas coloquei por cima do pijama e então corri para ajeitar minha mochila em alguns segundos joguei meus livros para dentro dela e corri para a cozinha abri um dos armários e coloquei 2 torradas pequenas na boca, peguei meu chá gelado e então corri para a porta, hesitei por um momento e corri para dentro de volta, pegando meu celular e as chaves do carro, corri de volta para fora tranquei a porta e então desci as escadas com a mochila meia aberta e fui até o estacionamento, jogando minha mochila para dentro e então entrando com meu corpo para dentro do carro, fechei a porta e então comi a torrada toda, ligando o carro com a outra mão eu tomei o chá, guardei-o e dirigi até o colégio. Eu cheguei a tempo, graças a deus! Estacionei o carro, e então tive um momento para ajeitar minhas roupas tortas no me corpo, sai do carro e logo já quase fui atropelado por uma Ferrari vermelha, a porta se abriu para cima enquanto eu estava pasmo, quem sai de dentro daquela belezura é Estados unidos, jogando o cabelo para trás, e ajeitando os óculos pretos que por baixo escondiam olhos azuis como o céu e o outro verde como a grama, fechou a porta e olhou para mim, deu um sorriso simpático, e logo puxou assunto enquanto ele se apoio no teto na Ferrari.
- "Bom dia Brasil, como você está aí, Bro? "
- "Bom dia EUA... Estou bem, tirando o fato de você quase me atropelar. " – Falo com uma risada sutil, em um pouco de choque ainda.

-Oh, eu sinto muito, é apenas difícil controlar uma belezura dessa. Ganhei de presente do meu pai... – Riu, enquanto falava de seu orgulho, o presentinho que o papai havia o dado, uma Ferrari zerada vindo diretamente do Reino unido. Eu o encarei por um segundo até finalmente falar algo – "Parabéns aí" – Ele sorri enquanto eu peguei minha mochila e fechei a porta do meu carro, segui para entrar no colégio e Estados unidos me seguiu – "Eae, tu ainda estás tendo teu rolo com a Argentina? " – Perguntou, eu não tive reação demorei alguns longos segundos para responde-lo.

- " Por quê estas perguntando-me isso, todos já sabem. "
- " Ah, então vocês não estão juntos, eu sinto muito ... " – disse com um tom falso.
- "Está tudo bem... Não tens de se desculpar, eu apenas não quero falar sobre isso"
- "Bem, não falando sobre isso... Vais a minha festa nesse sábado?, geral vai, até o Peru, e ele não é um cara de festa!" – Disse com um tom alto, tendo alguns olhares virando para o mesmo por causa de sua voz e tom alto – "Hm, sim... Sobre isso, já havia mandando sobre a tua festa no grupo da turma... Eu tenho planos sinto muito" – Uma mentira clássica, eu me trancaria em casa e apenas assistiria netflix até dormir de tanto chorar.
-"Certeza?"
-"... É, sinto muito" – Ele me entrega um pequeno papel, não tive tempo de olhar apenas movi meus olhos para o alto garoto que andava ao meu lado virando-se e indo para sua sala de biologia na porta ao lado, hesitou e logo sussurro para mim – "Caso você mude de ideia" – Disse , e logo entrou para sua primeira aula do dia.
Segui em frente caminhei até a minha primeira aula que seria de Espanhol, era o único da sala que não aprendeu espanhol quando pequeno devido ao meu pai não ter alguma relação quanto ao idioma, então era um território completamente novo e desconhecido para mim, sentei em minha cadeira e logo a aula começou, Venezuela chegou abrindo a porta com força fazendo todos os olhos moverem-se para ele, e como sempre ele estava atrasado, pediu desculpa e foi se sentar, sentou-se perto de mim como sempre.

-"Você está atrasado novamente" – Falei entre um sussurro movendo minha cabeça para o lado dele enquanto anotava as coisas do quadro e ouvia a professora.
-"Eu estou ligado, você viu sobre a festa do norte americano?" –Falou – "Ah sim, ele falou comigo a pouco tempo, quando cheguei... Não estou nada afim de ir" – Disse em um tom baixo enquanto deixei meu lápis de lado, não demorou muito para a nossa conversa chamar a atenção da professora – "Ei! Brasil fizesses-te tua punição para hoje? " – A professora disse batendo a mão em minha mesa, assustando minha alma para fora de meu corpo. – "A-a-ah! Sim !!" – Na verdade eu não fiz, não se quer lembrava disso, mas em um susto abri minha mochila e procurei pelo papel sabendo que não estava por lá.

- "Bem, eu acho que esqueci! " – Falei nervoso.
- "Você acha?" – disse a professora.
-"Eu tenho certeza... Não está em minha mochila"
- "Bem... Então me copie-a duas vezes para segunda feira" – suspirou e disse brava, dando as costas para mim e voltando a dar sua aula, eu mantive-me em silencio por todo o resto da aula até o sinal tocar, fui o primeiro a guardar as minhas coisas e então sair da sala o mais rápido possível para evitar qualquer comentário da professora quanto ao meu comportamento, ou sobre os trabalhos. Corri para o corredor e logo caminhei até o outro lado do colégio onde começaria a minha aula de artes junto com... Oh droga, a turma do Argentina..

Estrelas do Sul - [ Countryhumans ] - BRASIL X EUA. (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora