Anne - Será que a Lana vai sentir nossa falta?
Amanda - Eu espero que sim, porque eu já estou morrendo de saudades dela.
Anne - Não nos separamos desde que viemos morar aqui.
Amanda - Só quando ela quebrou a perna e teve que ficar no hospital.
Anne - Fazíamos tudo pra ela quando isso aconteceu, Você derramou um copo de suco nela quando tentou levar o café da manhã na cama. (Riam com lágrimas nos olhos)
Amanda - Não sei se vou conseguir ficar tanto tempo longe dela.
Anne - Vamos ter que nos separar Nanda, você tem que se preparar pra esse dia, logo chega.
Amanda - Anne, eu não vou conseguir ficar aqui sem vocês.
Anne - Vai ser por só por um tempo, assim que eu consegui um emprego e lugar pra morar, busco você e vamos juntas buscar a Lana também.
Amanda - e você acha que a Bete vai deixar eu ir com você? Tá na cara que não.
Anne - Damos um jeito. (A abraçou)
Uma semana depois..
Anne - Bom dia dorminhoca, está na hora de acordar.
Amanda - Só mais cinco minutos. (Virou-se para o canto da cama)
Anne - Nem mais um minuto se quer, se nos atrasarmos a Bete arranca nosso coro.
Amanda - Ela não é tão má assim. (Jogou uma almofada em Anne)
Anne - No fundo ela é uma boa pessoa.
Amanda - Anne?
Anne - Oi.
Amanda - Será porque a Lana não veio nos visitar?
Anne - Não sei, talvez não deu tempo ainda, ou vai ver que ela mora longe, em outra cidade.
Amanda - Mas ela prometeu! Você não acha estranho? A Lana nunca mente.
Bete - Porque as duas não se vestiram ainda? (As surpreenderam entrando no quarto)
Anne - Que susto! Será que é pedir demais pra bater na porta?!
Bete - Se eu batesse na porta poderiam me esconder algo, não acham?
Amanda - Bete será que a senhora poderia nos passar o endereço da nova casa de Alana? Já estamos com saudades e ela ainda não veio nos visitar.
Bete - Eu sinto muito Amanda, mas não podemos passar o endereço das casas das crianças ou adolescentes adotados.
Anne - Mas porque não? A assistente social sempre vai nas casas saber como eles estão.
Bete - Mas esse é o trabalho delas, aqui dentro é diferente.
Anne - Diferente porque? Somos quase irmãs, seria justo que podessemos ir visitá-la!
Bete - Meninas, a Allana foi adotada, ela agora tem uma família que vai cuidar muito bem dela, agora ela precisa de tempo pra se adaptar a nova vida, nova escola, novos irmãos, quando ela se acostumar com a nova rotina virá visitar vocês, não se preocupem, agora se aprontem já estão quase atrasadas. (Se retirou)
Amanda - Eu sabia que não adiantaria.
Anne - Eu vou dar um jeito, você vai ver.
..
Henry - É muito estranho, a Lana não faria isso, ela ama vocês.
Amanda - Será que aconteceu alguma coisa?
Anne - Não fale isso Nanda, ela está bem! Só deve estar se adaptando primeiro.
Henry - Espero que seja isso mesmo, eu vou tentar ajudar vocês a encontrar a casa que ela está morando.
Anne - Eu sabia que podia contar com você.
- Allana faz muita falta pras nós, desde que foi adotada não deu notícias, se estivesse tudo bem ela teria nos visitado ou pelo menos feito uma ligação, estou muito preocupada com ela, mas não posso dizer isso pra Nanda, ela vai entrar em desespero se eu demonstrar aflição e quero que ela fique tranquila.
- Henry é um ótimo amigo, nos ajuda com tudo que precisamos, ele tem uma queda por mim, mas somos apenas bons amigos, não penso em namoro agora, sou muito nova e tenho que me preocupar com meu futuro, namoro só quando tiver tempo, se bem que namorar ele não é uma má idéia... Brincadeirinha rsrs.. Não quero mesmo encrenca agora, talvez mais pra frente, quem sabe.
Henry eu e Nanda ficamos o intervalo inteiro planejando uma forma de conseguir o endereço de Allana, tivemos várias idéias muitas delas bem divertidas, mas impossível de serem realizadas.
- Só hoje fiz três provas, duas delas eram prova oral o que odeio, nem pude estudar pra me preparar, esses professores não dão uma dentro, sorte foi da Nanda, não teve nenhuma prova hoje, queria eu estar na sala dela, não ia dá nada que presta!
- Depois da aula voltamos pro orfanato, fizemos nossas tarefas como qualquer dia normal, depois nos arrumamos, hoje teve uma festinha de despedida do Arthur, ele tem só três aninhos,foi adotado por uma família inglesa, que sorte a dele né?! Espero que ele seja muito feliz e que sua nova família o ame muito.
- Depois da festinha encerrada fui dá uma volta ao redor do orfanato, não tinha muitas coisas ali, apenas uma área grande nos fundos com campinho de futebol, balanço, essas coisas pra divertir as crianças, mas a essa hora não havia ninguém, só eu, meus pensamentos e as estrelas, há.. Como o céu estava lindo! Sentei no balanço e fiquei o admirando por alguns minutos,mas uma das meninas me fez acordar dos meus pensamentos.Luiza - O céu está lindo né!?
Anne - Sim, eu adoro ficar aqui observando as constelações.
Luiza - Já deu reparar. (Sorriu)
Anne - Você também vem sempre aqui? ( É claro que sim! É apenas os fundos do orfanato dãã)
Luiza - Há esse horário não, se nos pegam aqui você sabe que é encrenca né!?
Anne - Eu não me importo, não estamos fazendo nada de errado, apenas admirando a noite.
Luiza - As dez da noite? Seria castigo na certa! Sabe sinto falta dos meus pais, não sei porque me deixaram aqui.
Anne - As vezes somos um peso na vida das pessoas, talvez tenha sido melhor assim.
Luiza - Eu também penso assim, mas sinto saudades.
- Luiza foi deixada no Estrelar aos doze anos, os pais falaram que seria por alguns meses, já se passaram dois anos! Vocês acham que eles voltam? Eu tenho certeza que não, os pais são cruéis ao abandonarem seus filhos, mas um orfanato é melhor do que maltratar ou jogar fora como muitos fazem, eu penso muito sobre isso, sabe tem muitas formas de prevenir uma gravidez indesejada, porque não usar esses métodos? Seria bem mais fácil.
Luiza - Vou voltar para o meu quarto, você não vem?
Anne - Não, vou ficar mais um pouco.
Luiza - Cuidado para não te pegarem, boa noite!
Anne - Boa noite.
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Para Sempre
General Fiction- PLÁGIO É CRIME- (PARADO POR TEMPO INDETERMINADO) Amigas até o fim trás a história de três jovens que foram deixadas pelos pais em um orfanato quando eram apenas bebês, hoje aos dezessete e dezesseis anos Anne, Allana e Amanda levam uma vida igual...