Capitulo 1 - A porta Azul

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Acordo ao som do despertador, que toda manhã na mesma hora me importuna, desligo o despertador ainda com os olhos fechados, escolho dormir mais 5 minutos. Entretanto, esses cinco minutos passam como um piscar de olhos. Novamente sou despertado, por uma voz feminina que me acorda com voz suave; como de costume, Hellen, uma menina de cabelos loiros, com olhos castanhos tão claros que se confunde com vermelho e seu típico vestido de bordado à mão me acorda.

- Quando você vai aprender a dormir na cama? O Chão é mais confortável? – Ela fala com ironia ao me ver desajeitadamente aberto no chão do meu quarto.

- O café da manhã está pronto, vá comer –.

Ela anda em direção a porta, saindo do quarto, eu luto para sair do que eu acreditava que era a minha cama, me dirijo para ir ao banheiro para fazer higienes pessoais, como óbvio que toda a higiene é feita no piloto automático. Vou para a cozinha para tomar meu café da manhã e lá encontro o meu velho com a típica cara enrugada, como se de manhã cedo tivesse comido o limão mais azedo do mundo.

- Que bela obra você fez em, atazanou tantas as galinhas que elas entraram na tecelagem e destruiu quase todos os trabalhos que elas fizeram, para a sorte delas, elas guardaram as linhas, as agulhas e as roupas que já estavam prontas – ele disse com intenção assassina distinguível.

- Foi mal velho, eu nem sabia que daria nisso – digo arrependido e tentando escapar da bronca.

- VOCÊ FEZ UM ENORME ESTRAGO E ME VEM COM ESSA FORMA SÍNICA!? VÁ AGORA À TECELAGEM SE DESCULPAR COM AS MOÇAS!

Com pesar, eu tomo meu café que estava delicioso para pessoas que acordaram bem, e saio em direção a tecelagem para pedir perdão pelo ocorrido, antes de sair, o velho me alerta que terá um casamento e ele precisa se comportar, os noivos não mereciam mais uma das minhas travessuras no dia tão especial para eles.

Finalmente eu saí em direção às meninas da tecelagem, imagino que pela cara do velho, elas devem estar piores, talvez eu tome mais uma bronca daquelas meninas. Como era perto de onde moro com o velho, eu chego lá rápido, entro na tecelagem e de cara encontro Hellen, ela era uma das garotas que trabalha fazendo roupas, não era de se admirar que o vestido parecesse feito à mão, ela mesmo o fez. Ela, por obvio estava com a cara enrugada de tanta decepção de ter seu trabalho e das meninas arruinados.

- Hellen, eu peço perdão pelo o que eu fiz, não vai acontecer de novo – introduzo perdido perdão.

- Eu lhe perdou, Ark, mas não tem como voltar atrás...as roupas que estávamos preparando para outros foi toda destruído, por sua causa devemos começar do zero...

Eu me sinto mal pelo o estrago que eu fiz, coloco minha mão na minha cintura, e a outra começa a coçar a minha nuca, olhando para baixo em vergonha, ouço paços em minha direção e sinto um toque no ombro e uma voz doce entra em meus ouvidos.

- Não se preocupe, podemos fazer tudo de novo, podemos dizer a eles que houve um acidente e tivemos que descartar tudo e recomeçar, só me prometa que não fará algo do tipo ok?

Um sorriso curto dos meus lábios sai sem eu perceber, e aceno com a cabeça em concordância e saiu com uma todas as energias renovadas, sinto que foi nesse momento que o dia realmente iniciou. Saiu da tecelagem e retorno a minha casa. Ao entrar na minha casa, vejo uma pequena multidão reunida ao redor de uma porta azul, a qual o velho ordenou que nunca, em hipótese alguma devemos abrir aquela porta.

- É hoje que descubro que tem nessa porta – disse um senhor por volta de vinte anos com entusiasmado com a esperança de alguma de uma riqueza escondida.

Ressurection of the WorldWhere stories live. Discover now