O primeiro sinal de amor é o sorriso, não é o teu, é o dela. O teu é o segundo.
Ela era tão perfeita, que simplesmente não podia existir. No máximo era o sonho de alguém, tão louco como eu, por ela.
Ela era a pequena diferença entre viver e ser feliz. Tudo começou com um amor à primeira vista.
Ela apareceu na paragem, quando eu ia apanhar o destino. Perdi o autocarro, ou seja, perdi o destino. Ou será que o apanhei?
Estive mais de 30 minutos a ver um mundo incrivel, o dela. O proximo autocarro tinha chegado, pensei em perde-lo, mas depois a voz da minha mãe, fez eco na minha cabeça...
Não sei se tinha mais medo da morte, ou de lhe dizer "olá". De repente, o que mais temia, aconteceu. Da minha boca saiu "Acreditas em amor à primeira vista? "
A minha boca enterrou-me, e olhem que não é fácil. Enterrar algo que já está enterrado.
Alguns instantes depois, começei a acreditar em magia. Ela disse um "não" doce. Quer dizer doce, para mim. Já estava naquela fase do amor, estúpida, em que qualquer coisa que a outra pessoa diga ou faça, é sexy. Sexy porque doce é o algodão.
Lá fui eu para a escola, pensar nela. Lá fui eu para a escola, ser feliz.
No dia seguinte, começei a acreditar em Deus, quando a vi chegar. Ela olhou para mim, e eu olhei para ela. Aquela troca de olhares, em que pareçe que os olhos falam.
Perguntei-lhe, envergonhado. "Porque estás aqui?". Ela respondeu "Porque não acredito no amor à primeira vista". E sorriu, com aquele sorriso fofo. Que era nada mais, nada menos, que a minha maior fraqueza.
E foi assim que o amor aconteceu.