Park Jimin é o fã número um de Hollywood, um diretor anônimo de filmes independentes na internet e para encontrá-lo, o rapaz se muda para Seul.
Seu parceiro de apartamento acaba por ser Jeon Jungkook, violoncelista da orquestra de Seul. Que ao perce...
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Era quase impossível ficar quieto depois que soube que seu colega de apartamento se tratava de Hollywood, melhor conhecido como o gênio contemporâneo do cinema independente.
Jimin só conseguia pensar que estava provavelmente sonhando, e se estivesse, não queria acordar tão cedo.
Mas apesar da grande emoção da revelação, a rotina de ambos não mudou. Apenas o tratamento entre eles, o Park tentava não atrapalhar o moreno em seja lá o que ele fizesse. E o Jeon ia sempre trabalhar cedo, como naquela segunda-feira de manhã, tinha acordado alguns minutos atrasado, levava do seu violoncelo com o instrumento dentro enquanto rapidamente agarrava uma torrada com a boca.
— Tenha um dia legal... — Jimin disse antes que o músico saísse de casa. Esse parou por alguns segundos, encarando o rosto do avermelhado
— Obrigado — Depois disso, ele fechou a porta e correu pelas escadas abaixo.
Depois da mentira contada no dia anterior, Jungkook pensou que poderia amenizar a situação falando o menos possível com o Park, mesmo que o ato não tivesse arrancado resultados a curto prazo.
Mas, naquele momento, haviam outras coisas mais importantes com o que se preocupar. Como por exemplo estarem faltando apenas cinco minutos para a reunião da orquestra e Jungkook estar a dez quadras do teatro.
O táxi que pegou se mostrou bastante prestativo em adiantar um pouco as coisas, mas a rapidez logo se transformou em agonia, já que o trânsito péssimo o fazia querer morrer do que chegar atrasado na reunião.
Apertava a capa do violoncelo com força, as palmas suadas eram a prova de seu nervosismo. Era péssimo estar atrasado naquele dia, porque seria a primeira reunião para definir as vagas exatas na orquestra da peça do Quebra-Nozes. E Jungkook precisava conseguir a vaga de violoncelista principal (porque precisava muito do dinheiro), era pra isso que tinha praticado todo o final de semana - na verdade, o mês inteiro -.
Quando finalmente o táxi estacionou em frente ao teatro, e o Jeon entregou o dinheiro da viagem, ele já poderia ouvir os sons das peças músicais ecoando pelo local. Estava definitivamente atrasado.
Apressado, ele correu até o palco, aonde o maestro estava de pé, analisando o grupo inteiro da orquestra, cada um com seu devido instrumento.
— Está atrasado, Jeon.
— Eu sei senhor, me desculpe. Não irá se repetir.
Seus olhos passaram rapidamente pelos integrantes do grupo, que o encaravam ansiosos (ou talvez, nervosos demais).
— Assim espero, Jeon. Está na sua hora, você ao menos se preparou para o teste?
— Sim senhor — Respondeu o músico, tirando seu instrumento da capa rapidamente e agarrando uma cadeira vazia, sentou-se e manteve o arco em frente as cordas, respirando fundo.
