Birthday

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Eu não sei se afogo Mark Lee na privada por ter esquecido meu aniversário ou Na Jaemin por ter organizado uma festa surpresa no mEIO DO REFEITÓRIO. Tipo, estávamos comendo nossa comidinha de boa e, do nada, um puta barulhão ecoa no refeitório inteiro. Umas cinco pessoas, contando eu, se jogaram no chão achando que era tiro. Foi então que começou a cair confete, os meninos começaram a cantar (gritar) parabéns e um Jisung brotou com um fucking bolo gigantesco. E nada de Mark. Ele nem mesmo foi à escola. Que belo namorado. Comprei ingressos pro show que ele quer ir no aniversário dele e ele nem uma MENSAGEM manda. Vou vender aquela merda e comprar tudo em lanche.

Mas continuando a bagunça que foi a "festa", comemos o bolo, tomamos refrigerante até a barriga doer e depois tivemos que limpar tudo, porque o imbecil do Jeno não tem maturidade de comer doce sem sujar os outros de Chantilly. Foi uma guerra divertida, mas perder quinze minutos da educação física pra limpar o chão foi realmente de cair o cú da bunda.

O dia inteiro ouvi "Parabéns, Hyuck", me deram os tapinhas e puxões na orelha, e até me deram desconto na cantina. Nunca pensei que dezessete foi um número tão grande, minhas costas doem e minhas orelhas continuam vermelhas, mas faz parte. O problema é que quanto mais essas coisa aconteciam, com mais raiva e mais triste eu ficava. Parece que esse ano, só porque aquele americano de segunda faltou, todos se lembraram de mim e me parabenizaram. Que droga!

Pode padecer egoísmo mas... Tá, é egoísmo mesmo, mas poxa, nunca estive ausente em um aniversário do infeliz, nem mesmo quando tive que viajar. Passei doze horas sentado dentro carro e assim que cheguei, fui na festa do cara. E não é a primeira vez que acontece. Jamais esquecerei da minha festinha de seis anos que ele prometeu ir e não foi porque dormiu até tarde. Imperdoável!

Quando estava prestes a sair do cativeiro, mas popularmente conhecido como escola, estava lá o canadense safado com um buquê de rosas.

- Se você acha que pode me comprar com flores, devia saber que prefiro girassóis. Mas obrigado. - Pego o buquê e quando ia me virando pra sair, ele começa a rir e sinto o sangue subir e a raiva aumentar. - Por que tá' rindo, idiota?

- Porque você fica fofo irritado. - Ele me abraça forte e sussurra próximo do meu ouvido. - Desculpa eu ter faltado.

- Tá. - Ele ri de novo e dessa vez não me sinto tão bravo, até porquê o abraço me desarmou totalmente, mas tento parecer firme.

- Não vou te levar num jantar romântico ou numa montanha onde tem uma cesta de piquenique, mas pensei em algo melhor que é a sua cara. - Por que, Deus? Eu só queria conseguir odiar esse garoto por mais de dez minutos.

- Então...? - Pergunto e ele sorri, segura minha mão sem o buquê e me guia escola afora.

- Vamos ao shopping.

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