O charme de Chat Noir

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Continuei ali parada sem ter a mínima ideia de como reagir. Fiquei esperando que ele dissesse que era uma pegadinha, que estava zoando ou qualquer outra coisa, porém ele continuava me encarando com a mesma expressão.

- Marinette? – chamou a minha atenção.

- Hum? – murmurei.

- Você está bem? – abri a boca para responder, porém a fechei novamente. Fiz isso no mínimo umas cinco vezes até finalmente conseguir dizer algo.

- Uhum!

- Então... Você é mesmo a Ladybug?

- Talvez. – Adrien riu. Não julgo, também riria.

- Talvez?

- É. – assenti, como se aquela conversa não fosse sobre ele simplesmente ter descoberto a minha identidade secreta. – Como você... Sabe... Descobriu? – o loiro riu novamente e se aproximou. Num movimento rápido, endireitei a minha postura devido à aproximação.

- Você me deu algumas informações que me fizeram chegar até você. Não foi de propósito, eu juro.

- Informações? Mas qu... – foi aí que eu me lembrei da minha teoria que me fez surtar antes de vir aqui. Estreitei os olhos e num ato de impulso, aproximei o meu rosto do dele, o fazendo ficar surpreso – Chat Noir? – a expressão de espanto logo mudou e um sorriso pretensioso tomou conta do seu rosto.

- Ops, me achou! – pulei para trás, assustada – Viu, você também sabia, não é? – ele tentou se aproximar, porém eu coloquei a minha mão na frente.

Tudo isso é demais para uma Marinette só. Eu não sei se conseguiria assimilar tudo o que aconteceu nessa tarde.

- Senta aí, gatinho! – falei como se ele fosse de fato um gato.

- Ok, vou dar a você tempo para assimilar. – levantou as mãos em sinal de rendição – Enquanto isso, vou ficar mexendo no meu celular. – pegou o aparelho e começou a digitar.

Encarei a vista da enorme janela do quarto dele, sem ter ideia do que fazer. Logo, o meu celular vibrou e eu acabei pegando ele rapidamente, como se bastasse ver a notificação para fugir dessa situação.

Hey, Bugaboo.

Você fica linda em choque.

Olhei para o lado sem acreditar no que tinha lido e vi Adrien me encarando com um sorriso, em seguida ele piscou e aquela foi a minha morte.

- Deus, porque você tem que ser tão bonito? – falei mesmo. Já estou ferrada de qualquer forma.

- O que você disse?

- Que você é lindo. Satisfeito, Adrien Agreste? – ele sorriu.

- Desculpa, eu não escutei. Poderia repetir? – o encarei indignada. Era estranho a mudança do clima entre nós que havia acontecido em poucos minutos.

- Eu te odeio!

- Seu "eu te amo" soa diferente. – riu – Aliás, estou decepcionado pelos meus amigos acharem que eu poderia ser o Félix. – colocou a mão sobre o coração, fazendo uma pose dramática. – Foi até meio ofensivo!

- Eu sabia que não era ele.

- Mas suspeitou.

- É claro, tinha evidências. – gesticulei. – E agora, o que vamos fazer?

- Sobre a investigação ou sobre a situação?

- Não me importo mais com essa investigação. Aliás, aquele dia que você me viu falando com o Félix, foi quando eu concluí que ele não era o Chat Noir. – expliquei – Me referi ao que fazemos sobre essa situação.

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