CAPÍTULO ÚNICO - LIBERDADE II

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Encontrava-se como de costume em seu quarto. Dessa vez jogando escondido de seus pais.
Motivo? Simples! Bastava olhar o boletim do garoto. Tudo o que se via eram notas baixas. Agora estava de castigo em seu quarto, um ou dois meses, sem seu precioso vídeo game! Mas ele sempre dava um jeito de tê-lo.
Era diferente de seu irmão! O menino, de cabelos negros e olhos azuis como o céu que não largava de seu PSP, estava sempre na diretoria por causa de seu precioso, sem contar que suas notas eram as piores da escola! Passando até as de um ruivo que estudava em sua sala. Mas sempre foi um menino quieto e muito tímido.

Seu irmão, cabelos azuis e olhos violeta, já era um menino extrovertido que tirava notas medianas e amava moda e conversar com seus amigos!
Tudo o que o moreno queria era um pouco de liberdade... Isso!

Queria ser livre! Livre de seus pais, livre da escola, livre de seu irmão que o obrigava a vestir as roupas que comprava! Queria seguir em frente apenas com seu vídeo game. Decidiu-se: faria um plano de fuga! Pararia de ir a escola, pegaria a mesada que acumulou para comprar jogos para comprar uma passagem para longe, alguns de seus jogos, o PSP, assaltou a geladeira e levou consigo alguns lanches e pegou apenas três peças de roupas contando a do corpo.

Dito e feito, assim foi! Andou pela cidade, até que resolveu hospedar-se na casa de seu amigo. Esse avisou que os dois iriam a uma festa que a amiga de ambos iria dar. Chegando lá, fez o que sempre fazia em festas: sentou em um canto perto da comida junto ao seu pequeno console. Estava quieto como de costume, ou melhor, quieto até demais!

Não dirigia uma palavra sequer a seu amigo. Alguns de seus colegas de sala chegaram até ele oferecendo aquelas batidas com álcool. Nunca havia bebido, seus pais não deixavam e também nunca teve vontade. Porém, agora era livre! Aceitou a bebida.
Não havia bebido 1/3 e já estava completamente bêbado! Decidiu ir embora da festa a pé, não se sentia bem.

Estava atravessando a rua, quando um carro que descia a avenida em alta velocidade o atingiu, morrendo na hora!

A liberdade que ele tanto sonhava, havia acabado de matá-lo. 

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