Quando eu morri eu não procurava paz, mas eu não esperava correntes presas ao meu tornozelo. Eu só sabia que as coisas viriam de um jeito ou de outro. A morte não vai separar, ela vem para os pecadores e para os santos. Ela tira; machuca e quebra. Eu estava esperando por isso.
Como cavalos correndo em direção a grande tempestade, eu esperei você vir também, eu sempre tive escolhas para fazer, mas não importava quantos pensamentos bons eu tivesse, o mal sempre vencia, o demônio sempre estava no ombro errado.
Mesmo assim quanto tudo aconteceu, eu resolvi que dançaria em cima do tumulo, pularia sobre as flores e chamaria os fantasmas para comemorarem comigo. A amargura na língua por decisões erradas já não existe, lamento pelos que ficaram, mas agora eu só quero dançar com você querida.
A vida também não separa, ela vem para os pecadores e para os santos. Ela entrega; permite e liberta e eu esperava por isso, até quando não sabia. Volte para mim querida, vamos dançar dessa vez correndo com os cavalos em direção aos tornados.
O amor não separa, ele vem para os pecadores e para os santos. Ele entrega; tira; liberta e quebra e eu não esperava por isso, mas eu vou dançar com essas flores até a sua chegada.
- Bruna Dantas, 25.07.2019
.
.
.
O texto foi baseado em musicas que eu gosto muito e que tem um significado muito importante para mim. São letras que mexem demais comigo e que eu acho importantíssimas. Achei justo abrir assim.
Dance in the graveyards - Delta Rae
Chasing Twisters - Delta Rae
Wait For It - Musical Hamilton

VOCÊ ESTÁ LENDO
Preces para o Mar - Poesia
PoésieColetânea de poemas e textos para o mar e sobre amar capa by: @whos_is_mila Dedicatória especial a roberta que escolheu o nome do livro e eu tenho muito carinho e que foi muito importante para o processo dele.