Velhos amigos

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Querido diário.

Estamos a uma semana no distrito de Westport no Kansas, a casa anda uma bagunça pois papai decidiu fazer uma reforma, nossa antiga biblioteca virou o quarto dos gêmeos, e o escritório dele o quarto do meu bebê. Tenho dividido meu tempo entre ajudar meus pais, ir ao médico para ver como está o bebê, fazer o curso de mamães de primeira viagem e matar a saudade de meu antigo amigo.

Não tenho sonhado com Jake a dias, talvez meus pais estejam certos, eu estava no limite da minha sanidade, mas ainda penso muito nele, as esperanças dele estar vivo estão acabando, mas meu amor por ele continua igual.

— Bom dia família! Falei enquanto sentava a mesa na cozinha.

— Que bom dia mais animado! Papai respondeu sorrindo.

— Estou bastante animada! Respondi pegando um pedaço de bolo.

— Quais os compromissos de hoje? Papai perguntou curioso.

— Nahuel vem me pegar daqui a pouco, terá um almoço na casa dele aceitei o convite! Respondi.

— Isso é bom filha, gosto quando sai para se distrair, mas cautela Nessie sabe que sua barriga está começando a pesar- mamãe falava com um tom de preocupação.

— Prometo voltar cedo!

Terminamos de tomar café enquanto papai e mamãe me davam sugestões para o quarto do bebê, como eu havia optado em não saber o sexo do bebê resolvi que a decoração seria na cor branca.

Me despedi dos meus pais e sai de casa, Nahuel já me esperava na porta de casa, então caminhamos juntos em direção a sua casa, me sentia um pouco constrangida com os olhares de alguns vizinhos curiosos, mas Nahuel me acalmava, éramos amigos de infância e estava sendo bom ter a companhia dele.

— Então como tem se sentido? Ele perguntou enquanto caminhávamos.

— Tirando o fato que não consigo mais enxergar meus pés, bem!

Rimos juntos.

— Mas você está ótima, continua tão linda quanto antes, ao menos foi o que os rapazes disseram ontem após verem você.

— Não sou a mesma de antes.

— Sei que não é, mas para mim sempre será a Nessie que me colocava para correr quando éramos criança.

— Eu tive medo Nahuel, da rejeição...

— Sou seu amigo, acha mesmo que julgaria você? Só fiquei meio chateado por não ter sido avisado do casamento.

— Você também não me ligou! Respondi

— Verdade estamos quites! Ele revidou rindo.

Caminhamos por mais alguns minutos quando finalmente chegamos, a mãe de Nahuel estava no jardim e deu um lindo sorriso ao me vê.

— Nessie, querida como está linda! Ela me abraçava carinhosamente – E essa barriga, Nahuel não acredito que a fez andar todo o quarteirão.

Nahuel fez uma cara feia e eu ri baixinho enquanto a sua mãe me puxava para entrar, logo seu pai aparecia me recebendo muito bem.

— Nessie vai almoçar conosco! Ele falou sorrindo.

— Que ótimo, me diga Nessie como está seu pai?

— Muito bem senhor, ele disse para passar com ele na hora do jogo! Respondi.

— Claro que vou!

— Vou preparar um almoço delicioso, me diga querida o que gosta de comer?

— Não se preocupe, o que fizer estará bom. Respondi.

Os pais de Nahuel decidiram preparar o almoço enquanto ele me falava sobre a faculdade, por um momento me imaginei na mesma faculdade que ele, esse era o plano que fazíamos antes de eu ir para Londres.

O almoço foi muito divertido, principalmente no momento em que a mãe de Nahuel falou que seu sonho era nos ver casados e como eu estava viúva ela amaria meu filho como neto, Nahuel se engasgou e o pai o socorreu, foi muito engraçado apesar de quase trágico.

Passamos a tarde juntos, jogamos vídeo game como nos velhos tempos e no fim da tarde ele me deixou em casa.

— Não contou a eles? Perguntei em meio a nossa caminhada noturna.

— Não tive coragem, viu como minha mãe é, vive falando em netos.

— Precisa falar a verdade, e uma coisa não tem nada a ver com a outra, sua opção sexual não te impede de dar netos a ela.

— Não é tão simples Nessie, não tenho pais tão modernos como os seus!

— Fala isso porque não conhece Edward Cullen!

Nahuel rio me deixando na porta.

— Boa noite e se cuida ruivinha! Ele dava um beijo em meu rosto.

— Obrigado, e pensa no que ei falei.

— Vou pensar! Ele falou antes de ir embora.

Entrei em casa e meus pais assistiam TV deitados no sofá, mamãe sorrio assim que me viu.

— Ei até que enfim chegou! Papai resmungou.

— Desculpe, mas o papo estava bom! Respondi.

— Parece cansada meu amor, porque não toma um banho eu levo um lanche para você no quarto!

— Obrigada mãe, vou querer sim! Respondi subindo as escadas devagar, realmente me sentia cansada a cada dia que se passava, precisava diminuir o ritmo.

Tomei um banho e como combinado mamãe me levava um lanche e ficamos conversando até o sono me vencer.

O diário de uma PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora