interlocking fingers and i'm ready

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Dizer que Kim Taehyung estava nervoso era eufemismo

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Dizer que Kim Taehyung estava nervoso era eufemismo. Suas pernas e mãos tremiam por baixo de toda a camada de roupas que Seul o forçou a vestir, apesar do calor do Centro Cultural não estar nem um pouco propício para uso de casacos. O rapaz encontrava-se no meio de uma dúvida mortal sobre tirar ou não aqueles panos todos. Enquanto as palmas suavam dentro dos bolsos, ele tentava decidir se era melhor morrer fervendo, empacotado pelos tecidos, ou desmaiar, por conta da sudorese fria que seria agravada ao sentir-se exposto naquele meio de gente desconhecida.

Kim jurava que estava prestes a simplesmente explodir quando um toque fez-se presente em seu ombro.

— É você que é o Taehyung?

Um garoto mais baixo que ele o encarava, curioso. Seus olhos pequenos fecharam-se ainda mais quando recebeu uma afirmativa pelo menear de cabeça de Tae, ao que um sorriso se abriu em seus lábios. Ajeitando os cabelos de coloração laranja — aparentavam ter sido pintados recentemente —, como se sequer precisasse de um espelho para colocá-los naturalmente no lugar que deviam, ele prontificou-se em comentar:

— Nossa, quando o Hoseok contou do date bonitão dele, eu achei que fosse invenção — segredou, sem o mínimo de filtro. Taehyung fez esforço para não engasgar na própria saliva, enquanto a temperatura por baixo das roupas pareceu aumentar, assim como a de seu rosto. — Sou Park Jimin, prazer — o antes desconhecido se apresentou, inclinando a cabeça levemente para o lado ao mesmo tempo em que oferecia outro sorriso, dessa vez sem a presença dos dentes.

Ao absorver aquela informação sobre a identidade do ruivo baixinho, Tae quase engasgou com o ar, mesmo. Arregalando os olhos por conta da sua surpresa, passou um momento perdido no próprio embaraço de estar frente a frente com o namorado do garoto que fora responsável por toda a história que o levou até ali.

— Você sabe que eu não dei em cima do Yoongi por mal, não é? — soltou, no desespero para se justificar. A vermelhidão em suas orelhas já estava evidente, visto a tremenda vergonha que sentia no momento, tanto pela frase disparada sem pensar, quanto pelo sentimento de intimidação (os olhinhos que sorriam junto aos lábios poderiam até serem simpáticos, mas não excluíam a aura forte em torno de Park).

Uma gargalhada ecoou, denunciando o divertimento do baixinho.

— Tá tudo bem. Não existe nenhum estresse com a gente sobre isso. — Jimin dispensou a preocupação com um gesto. — Até porque eu mesmo vejo homem pelado quase todo final de semana. — Antes que as pálpebras de Kim dessem lugar às orbes espantadas novamente, o rapaz emendou: — Faço a maquiagem dos dançarinos que você viu lá na boate — explicou, com um risinho. — Às vezes dou uma mãozinha pras drags iniciantes, também. Sou um artista versátil.

Tae gostou da forma como ele pronunciou artista. Com leveza, seriedade e firmeza — afinal, maquiagem com certeza enquadrava-se como arte, nas devidas proporções. Jimin parecia orgulhoso do que fazia, e isso trouxe uma curiosa alegria para o coração do estudante de arquitetura.

hello? ミ vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora