Capítulo 1

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"A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos"

" Existe uma teoria que diz que, se algum dia alguém descobrir exactamente para que serve o Universo e porque é que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável.

Existe outra teoria que diz que isso já aconteceu"

"Não por favor, não me façam isto, não me façam relembrar e reviver este momento outra vez, eu não aguento, eu não tenho mais forças, o meu coração não aguenta tanta dor e sofrimento." Acordo assim que sinto a necessidade de procurar por mais oxigénio, foda-se mais um sonho.. um sonho não, mais um pesadelo, como os últimos que me têm atormentado nas ultimas noites. Amanha, faz precisamente amanha 3 anos que o meu pai.. que o meu pai morreu.

Levanto me da cama e dirijo me à casa de banho, abrindo a torneira da agua quente no máximo e enchendo então a banheira.. preciso urgentemente de aliviar esta tensão. Não estou minimamente preocupada com o facto de serem 4 e meia da manha, mas eu bem que posso estar a morrer que a minha mãe nem sequer vem cá a cima ver o que se passa comigo ou perguntar o porque de eu estar a tomar banho a estas horas.

Entro dentro da banheira e sinto os meus músculos relaxarem instantaneamente. Foda se como eu preciso de descarregar esta raiva e frustração toda rapidamente, bufo e mergulho, não um pequeno mergulho, um longo, um longo mergulho, daqueles que parece que te vai faltar o ar, mas que também não consegues ir à superfície para respirares.

Não sei mas acho que estou no mínimo a uma hora e meia aqui dentro e sinceramente também não me apetece muito sair..

Passados uns belos 10 minutos mais, tomo coragem e saio da banheira, pegando na toalha e enrolando-a à volta do meu corpo.

Passo pela minha mesinha de cabeceira e retiro uma langerie de lá e visto-a. Sigo de imediato ao meu roupeiro e puxo de umas calças pretas de cintura subida e um top da adidas, juntamente com o casaco e visto-me. São neste momento 6:15 e estas eram as horas a que supostamente eu me ia levantar, sim levantar, estamos no inicio das aulas e eu vou começar as minhas amanha, ou melhor hoje, daqui a umas horas. O pior é que não vou para a minha escola, não vou continuar o 2º ano do meu curso de Técnica de Analises Laboratoriais, mas vou sim começar numa escola militar, ahahah que irónico, se a 6 meses atrás me dissessem que eu ia estar em Londres, numa escola, militar, pelo meu mau comportamento e pelas minhas atitudes eu provavelmente iria rir-me na cara da pessoa e mandaria-o à merda. Mas a verdade é essa, aqui estou eu a fazer as malas para ir para um colégio militar interno.

A minha mãe que não pense que é por me meter num colégio militar interno que eu vou voltar a ser aquela menina santinha de à uns anos atrás, porque não vou.

*knoc knoc* oiço baterem à porta.

"Sim?"

"Sou eu sasha, posso entrar?" a voz doce da minha mãe soa do outro lado da porta.

"Sim diz" não estou com muita paciência..

"Vinha ver se já estavas acordada, e visto que é o primeiro dia de aulas na BNL, vim-te dizer que as 8:00 em ponto um sargento estará lá em baixo com a carrinha pronta para te vir buscar, e visto que eu tenho de ir trabalhar, vinha-me também despedir de ti" sim despedir, viestes mais fazer uma festa por te ires ver livre de mim, mas tudo bem, eu também sei fingir e sinceramente não ter de que atura la todos os dias vai ser uma vantagem "hm ok" dei lhe dois beijos e por fim volto a falar "estamos despedidas agora já podes ir trabalhar adeus." digo fria e indiferente, vejo uma pequena decepção nos seus olhos azuis, mas não estou minimamente comovida com o seu pequeno teatro. Assim que ela tira o olhar de mim sai porta fora e já só oiço a porta da rua a bater.

Desço e vou tomar o pequeno almoço, coisa muito rara da minha parte mas hoje eu vou precisar de forças para passar este dia, mais uma vez, alias.. pela 3ª vez... um sentimento esquisito passa por mim, e eu apenas abano o meu corpo.

Oiço a campainha tocar e automaticamente penso no sargento, foda se e se me calhar um velho jarreta qualquer? nahh não pode eu tenho de ficar com algo melhor e mais apetecível, que de pica cometer erros e infracções, que de para pisar o risco, que me foda como nunca ninguém o fez. Abro a porta e desilusão cai sobre mim, nem um velho jarreta nem um bonzao, uma mulher aparece me a frente identificando se como "sargento collins". Esta guia-me até a viatura em tons de verdes e abre a porta de trás para que eu possa por as minhas malas.

O caminho não foi muito demorado, passaram se cerca de 15 minutos desde a minha casa até ao colégio. Assim que chegamos esta deixa-me na secretaria com as malas e diz-me que tenho de pedir informações sobre o meu dormitório e o meu horário aqui. Assim o faço, chego ao pé de uma senhora já de alguma idade e pergunto lhe gentilmente qual o meu dormitório e o meu horário, e esta rapidamente me entrega umas chaves com um numero, e um papel com o meu horário.

O meu dormitório é o numero 777, porra mas existem assim tantos dormitórios nesta merda?

Ando uns bons 10 minutos até encontrar o meu quarto, e deparo-me com o ultimo quarto pertencente aos alunos, por isso, o quarto da frente e do lado esquerdo, pertenciam já aos militares e professores.

Coitados, tenho pena deles, uma gaja aqui a dar uma foda com um qualquer e eles ouvem tudo.

NA - Olá meninas, bem eu já tentei escrever outras duas fics e esta é inspirada na minha primeira tentativa, mas perdia sempre a motivação, e esta história, até a mim me está a cativar a escreve-la e depois a ler por isso espero que vocês também gostem muito! Aproveitem e beijinhos!!

The Internal Military SchollOnde histórias criam vida. Descubra agora