Best Plug Ever - One Shot

BEST PLUG EVER

Mitchel era aquele tipo de aluno que todo professor gostaria de ter. Suas notas eram impecáveis, ele era educado, discreto e nunca causava problemas. Sempre sentado na primeira fila, focado, um verdadeiro exemplo para todos. Os colegas o admiravam e os professores o elogiavam. 

Sua aparência serena e os modos exemplares escondiam algo que ninguém imaginava. No entanto, fora dos muros da escola, Mitty deixava seu lado irrepreensível e mergulhava em um mundo que ninguém jamais suspeitaria.Assim que saía dos portões da escola, Mitchel deixava de ser o aluno exemplar e se tornava "The Plug".

 Ele trabalhava para Christian, um dos mais notórios e charmosos traficantes da região, um homem com fama de inatingível, cercado por mistério. Christian era astuto o bastante para nunca entregar as drogas em pessoa. Ele tinha uma rede de "ajudantes" que mantinham a operação discreta e protegiam sua identidade. Mitchel era o mais jovem e promissor entre os ajudantes. Ele era, ao mesmo tempo, uma sombra invisível e essencial na operação de Christian. A facilidade com que transitava entre o papel de aluno modelo e o de distribuidor habilidoso impressionava o próprio chefe. 

Christian, embora nunca fosse visto entregando qualquer substância, acompanhava de perto a performance de Mitchel. E a cada dia, ele ficava mais intrigado, e talvez até um pouco fascinado, pelo seu jovem ajudante.Certo dia, Mitchel estava em uma esquina discreta, organizando uma entrega, quando notou a presença de alguém observando-o. Seu coração deu um salto. Ele virou lentamente e ali estava Christian, à sua frente pela primeira vez. Aqueles olhos intensos, sempre escondidos atrás de mistérios, agora estavam fixos nele.

– Achei que você não fazia questão de aparecer, chefe – disse Mitchel, tentando manter a compostura, mas o nervosismo em sua voz o traía.Christian sorriu de lado, um sorriso calculado, como se soubesse o efeito que causava em quem estivesse ao seu redor.  

– Só vim ver como anda o meu melhor ajudante – respondeu ele. 

– Ouvi falar que você tem se saído melhor do que todos. Mitchel sentiu o sangue subir ao rosto. As palavras de Christian carregavam uma força inesperada. Por mais que soubesse dos perigos de se envolver em um mundo como aquele, ele não conseguia ignorar o magnetismo que o chefe exercia. E Christian, ao que tudo indicava, sabia exatamente o que estava fazendo.

A cada encontro na penumbra, Mitchel e Christian pareciam se entender sem dizer muito. Era como se cada um dos dois carregasse o peso de um segredo, mas, ao mesmo tempo, encontrasse conforto na presença do outro. Eles trocavam olhares furtivos em cantos vazios da cidade, entre becos e ruas pouco movimentadas. Era nesses lugares escondidos que O menor via um lado mais humano de Christian – o homem por trás da figura calculista que todos temiam. Christian, por sua vez, parecia intrigado pelo contraste em Mitchel. Ele observava o garoto que durante o dia era a personificação da disciplina, mas que à noite mostrava uma coragem silenciosa. Mitchel não dizia muito sobre sua vida escolar, mas Christian podia sentir que havia uma profundidade ali, algo que o prendia a ele de uma maneira que nunca imaginou ser possível.Uma noite, após mais uma entrega, Mitty e Kras sentaram-se em uma praça abandonada. O céu estava claro, mas a cidade ao redor estava mergulhada em silêncio. Eles conversavam sobre banalidades, mas havia uma tensão inegável entre eles. Christian, sempre seguro de si, olhou para Mitchel com um olhar firme, algo que era ao mesmo tempo um desafio e um convite.

– Você nunca se pergunta o que está fazendo aqui? – perguntou Christian, quebrando o silêncio.Mitchel desviou o olhar por um momento, como se pesasse cada palavra antes de responder.

– Me pergunto o tempo todo. Às vezes, acho que estou vivendo duas vidas – respondeu Mitchel, a voz calma, mas com um peso evidente.Christian sorriu, aquele sorriso enigmático que fazia o menor sentir-se vulnerável, mas ao mesmo tempo seguro. Era um sorriso que o fazia questionar onde terminava sua vida de fachada e onde começava a sua verdadeira identidade.