:: Message • Shawn Mendes ::

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Confesso que enquanto caminho até a casa de Shawn sinto um frio na barriga, mas sabe, eu quero isso, e minhas irmãs estão na casa de uma tia, então eu estava completamente sozinha em casa.

Me surpreendo assim que chego, já que a casa de Shawn era apenas duas ruas da minha, como é que nunca nos esbarramos? Frequentamos o mesmo colégio, nossas irmãs frequentam o mesmo colégio, é uma acrobacia não nos esbarrarmos toda hora.

Respiro fundo assim que me aproximo da porta e logo toco a campanhia, já estava batendo meu pé frequentemente no chão quando vejo a porta se abrir, lá estava o motivo da minha perda de ar, Shawn Mendes, ele tinha suas bochechas coradas e um sorriso no rosto, como sempre.

Sorrio para ele.

"Não vai me convidar para entrar?"- Pergunto e ele rola os olhos.

"Claro que não, se eu te convidar e você for uma vampira, então você vai vir aqui em casa de noite, atacar o meu pescoço."- Diz.

"Não é uma má ideia."- Empurro ele para dentro e entro também, fecho a porta e ele faz aquela típica expressão de surpreso, ele nunca está chocado quando faz essa expressão.-" Então quer dizer que o senhor não pode ver Stranger Things mas The Vampire Diaries você vê?"

"Eu vi com a minha irmã ok?"

"Acredito Shawn..."-Falo e ele me vira as costas, logo seguindo em uma direção, vou atrás e logo estamos na cozinha.

"Fiz o café!"- Diz animado.

"Claro que você fez, caso contrário levaria alguns murros, já que prometeu né?"- Explico e ele coloca a mão no peito como se tivesse ofendido.-" Eu gosto de café bem docinho."- Informo.

"Folgada! Sua sorte é que esse é meu tipo preferido também, já até adoçei."- Diz e solto uma gargalhada mínima.

A cada segundo o clima tenso se desmanchava, mas ainda tinha um pouco, eu nunca havia ficado em um lugar sozinha com ele ou então vindo até sua casa.

"Pronto!"- Quando olho ele tem duas xícaras na mão.-" Vem."- Desta vez, vamos até o lado de fora, aonde havia um balanço de dois lugares em uma grande árvore.

"Essa árvore é bem velha."- Falo me sentando.

"Sim, minha avó que plantou."

"Nossa que legal."

"Mentira, já estava aí quando compramos a casa."- Diz gargalhando e reviro os olhos.

"Nunca vi tão palhaço."- Pego uma das xícaras dele e sopro o líquido dentro do copo.

"To olhando para uma pessoa mais palhaça agorinha."

"Tá olhando seu reflexo no brilho dos meus olhos?"- Pergunto e rimos.

"Achei que não iria topar, sabe, vir aqui, achei que toda a situação era demais para você."- Comenta enquanto dou uma golada no café.

"Não sei, minha terapeuta disse que tudo isso é um pouco novo para mim, eu já passei por situações iguais, mas eu gosto de você há muito tempo, é novo ser correspondida sabe? Tinha nem roupa pra isso."- Ouço sua gargalhada gostosa.-" Ela disse que se eu não me jogar de cabeça nessa coisa de adolescência, eu posso perder muito, sabe? Não vou mudar todos os meus hábitos antigos, mas sei lá, talvez eu queira memórias boas para me lembrar quando estiver velhinha."

"Acha que no fim, eu vou ser apenas uma memória boa?"- Pergunta e franzo o senho.

"Isso só o tempo diz, mas se não der certo, eu quero lembrar de você e sorrir, lembrar que eu tive coragem de te chamar, lembrar que tivemos bons momentos..."- Respondo.