•POV Can:
Fotos, entrevistas, provas de figurino, jantar de comemoração.
O cronograma do projeto já mostrava a que veio.
Atropelando a ordem natural das coisas, fomos descobrindo tudo um do outro bem rapidamente.
Eu sentia que a conhecia desde muito tempo.
Chegava a ser estranho o tanto de troca que já existia.
Vez ou outra Ilker me repreendia, diz ele que eu ficava olhando para ela sem parar.
Ah, qual foi?!
Não era segredo para ninguém que eu só estava naquela por conta dela.
Eu não precisava negar que a admirava profissionalmente, ela era linda, enérgica. E ainda era bem humorada, o que era raro em uma mulher.
É, em menos de 1 mês eu tinha uma certeza: aquilo daria certo!•POV Demet:
Eu queria entender como e quando foi que me permiti deixar que algo invadisse o meu espaço/reservas dessa forma.
Sempre tentei manter uma distância significativa do meu parceiro de cena, seja para me dar uma vantagem emocional, ou para deixar tudo bem às claras.
Mas com ele, definitivamente, não estava acontecendo. Era impossível manter distância daquele homem!
O primeiro abraço que me deu, parecia que tinham me jogado em um vulcão, tive que me concentrar como se estivesse em cena, para não deixar transparecer.
Mas parece que alguém também foi afetado? Ou era coisa da minha cabeça?
Óbvio que era coisa da minha cabeça!
Ele levou a namorada para o jantar.
Que boba, eu.
Ou melhor; por qual motivo eu estava pensando nisso?
Eu também tinha um compromisso.
Volto a pensar: como foi que conseguimos saber tanto um do outro em tão pouco tempo?
Era inexplicável.
Definitivamente, teríamos êxito.