Único.

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Manhã de quinta feira. Laboratório de pesquisas científicas estadual de Seul. Estava havendo excursão de uma escola naquele lugar, uma escola comum de ensino fundamental e médio, normal até aquele dia.

A cada dia descobriam um tipo novo de animal naquele estado, seja ele silvestre ou criado propriamente em laboratório. A pesquisa mais recente, era de uma aranha encontrada na casa de um dos alunos, este que a capturou quando teve tempo e a levou para estudo. E foi por esse motivo que aquela escola se encontrava lá. Os alunos do terceiro ano do ensino médio estavam fazendo extensos seminários sobre animais patogênicos, e quando descobriram da aranha, marcaram no mesmo instante uma excursão monitorada pelo lugar. Um dos mais interessados, e ao mesmo tempo menos, era Mark Lee, que amava a atmosfera do lugar, as experiências e as técnicas, mas não se interessava muito pela aranha.

Mark olhava atentamente todos os tubos de ensaio, analisava as conclusões de análise, parecia estar entendendo tudo. E em partes estava. Estava se contendo também para não tirar foto sequer do lugar, o que era proibido, mas suas mãos coçavam. Coçavam na verdade de formas que nunca haviam coçado. Que diabos? Olhou para sua mão e encontrou uma aranha de porte médio parada ali. Como se estivesse olhando para sua cara e pensando "trouxa." Ele conseguiu conter um grito e deixar apenas uma pequena lágrima escorrer pelo ardor que a picada havia provocado, jogou a aranha para longe e andou rapidamente para uma pia, desesperado para lavar aquilo.

"Lee? Está tudo bem com você?" Mark pulou de susto, Haechan havia aparecido e ele sequer havia notado. Ele tinha certo crush pelo menino, mas este nunca soube, então ele mantia as aparências de que eram apenas amigos. Mesmo que as vezes isto o machucasse. "Estou ótimo... Só coloquei a mão num bequer trincado, foi apenas um corte." Mentiu. Donghyuck, como odiava ser chamado, segurou a mão machucada do mentiroso e confirmou. Parecia mesmo um corte. Ele pediu para que tomasse mais cuidado e então Mark concordou, logo, Haechan estava distante, orientando a turma.

Haviam se conhecido no colégio, desde o fundamental estudaram juntos, ambos não tinham amigos muito próximos, ou pessoas que realmente quisessem suas amizades, então se conheceram melhor e juntaram suas solidões em uma amizade que durou até o ensino médio, quando acabou se fortalecendo ainda mais, visto que Mark trabalhava como fotógrafo da empresa do pai de Haechan, e o segundo, como garçom noturno de uma lanchonete próxima à escola. Mark desenvolvera um amor sincero pelo amigo. Mas tinha medo de acabar com tudo quando se declarasse, então mantia em segredo. Um dia falaria, tinha certeza disso. Mas enquanto não tinha coragem, continuava com sua amada amizade.

Os dois amigos eram apaixonados por ciências, nunca descobriram de onde ou quando surgiu tanto amor, mas os desenvolveram juntos, e então Donghyuck virou um pesquisador do laboratório de Seul — o que estavam visitando — e Mark seu maior apoiador, quem o ajudava em questões nas quais ele não conseguia. Era como um hobbie para ambos.

Passaram-se horas de conversas e aprendizados dentro do laboratório, mais e mais expressões fascinadas do Minhyung para com as pesquisas, e com o tempo, este foi se sentindo cada vez mais mal. Sem sequer perceber, estava suando de formas absurdas. Teve náuseas e vertigens. Depois de colocar para fora tudo o que havia almoçado, ele preferiu ir embora, ficar em casa e quem sabe se dopar com alguns remédios para dores e tudo o que estava sentindo. Negou a companhia de Haechan até sua casa, que era próxima. Preferiu deixar o amigo ajudando as pessoas. Assim que chegou em casa, Mark apagou.

[...]

Três dias se passaram e Mark continuava se sentindo mal, começara a anotar tudo de estranho que estava acontecendo naqueles poucos dias. Sua lista era bagunçada, e tinha uma letra na qual apenas ele entendia;

— Reflexos melhorados; tia May quase deixou um copo cair enquanto lavava a louça e eu secava, consegui pegar antes que chegasse ao chão.

— Super Bonder nas mãos???? Caí da cama quando acordei e minhas mãos colaram na parede quando me apoiei, achei estranho, acho que o super bonder aguenta meu peso.

O Espetacular Mark aranhaOnde histórias criam vida. Descubra agora