09. Namoradas?

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Pov.Bianca
Estava em cirurgia e acabei acordando no meio, nao me lembro o porquê de estar em cirurgia. 

Procurava por alguma lembrança, a mínima que fosse. Eles me deram novamente uma forte anestesia, apaguei como uma bêbada, acordando já no quarto de hospital, o doutor estava a minha frente, sentado.

Bianca:Olá. oque estou fazendo aqui?-perguntei e ele fez uma cara de preocupado.

Doutor:Bom, você levou alguns tiros e a pancada de sua cabeça no chão foi mais forte que eles!-disse e eu peguei em sua mão, preocupada comigo mesma.

Bianca:Doutor, eu não... Me lembro de nada, nem do meu próprio nome!-falei nervosa, ele me pediu calma.

Doutor:Olha, vou chamar seus parentes, ok?

Bianca:Tudo bem!-disse já abrindo a boca e fechando os olhos, por conta da anestésia!

Pov.Camila
Estava tão triste, a aflição se fazia presente em mim. As minhas mãos estavam trêmulas e a respiração descompassada!

Doutor:Pai, o caso dela e grave, sinto muito!-falou encarando o senhor Diego.- Ela está estável, mas com sequelas pequenas do acidente!-disse e todos comemoramos por ela estar viva.

Diego:Podemos ver ela, doutor?- perguntou animado.

Doutor:Sim, mas espero que sejam pacientes com ela, pois graças a pancada na cabeça ela perdeu digamos que 99% da memória!- falou, abri e fechei a boca algumas vezes.- Espero que vocês possam ensina-la, aos poucos ela possivelmente vai conseguir lembrar dos primeiros momentos!-disse e eu voltei a chorar, ela não se lembra de mim!

Larissa:Doutor?- perguntou ao dar um passo em sua direção.

Doutor:Sim?- lhe encarou com calma.

Larissa:Mais ela pode voltar a recuperar a memória, não é?- a voz tinha esperança, tínhamos esperança.

"Aprendi que enquanto houver vida vai sempre existir esperança"- Sua voz se fez presente em meu coração, em minha lembrança. Tínhamos conversado sobre isso quando começamos a nos conhecer!

Doutor:Olha...Ela pode ter colapsos, e se tiver, por favor, tragam ela para o hospital, se sentir mau é normal,  mais as vezes pode afetar a memória dela e não queremos isso, ok? Podem entrar todos, mas só um poderá ficar!-disse e nos deu o número do quarto.

Todos nos estávamos perto da porta, entrarmos e ela estava ali, deitada na cama de hospital, dormindo por conta da anestésia ainda!

Dormia serenamente, parecia sorrir, talvez fosse ilusão, alguma criança ou pegadinha da minha mente. Mas ela sorria, ela era linda sorrindo, seu rosto relaxado, suas lindas cascatas caídas por seus ombros e rosto. Me lembra que eu nunca à teria para mim, mas ela me tinha, sempre iria me ter para sí!

Não aguentei e sai do seu quarto, me encostei na parede ao lado e ali chorei, como era difícil lhe ver em uma cama de hospital, a ficha ainda estava caindo. E era impossível lhe imaginar em uma cama de hospital, sem memória, esquecendo que já fizemos amor, que me entreguei para ela como nunca antes. Que aquela jovem conseguiu me ter inteiramente para sí, de corpo e alma!

Passei uns 20 minutos lá fora, Ana saiu e me abraçou, nos sentamos nos bancos que tinha em frente a porta e eu a olhei serena.

Ana:Você gosta dela, não é?-perguntou praticamente afirmando, sorri largamente com a minha mão no coração.

Camila:Sim, dona Ana. Eu adoro, e mais que isso. Eu amo ela, sou eternamente apaixonada por sua filha!-confessei sorrindo, senti meu estômago borbulhar pelo amor que eu sentia. A mesma sorriu e depois ficou séria, a olhei receosa.- A senhora não me acha digna para sua filha?- ela sorriu de canto, olhando para a porta.

Professora e Aluna Onde histórias criam vida. Descubra agora