Yes, Mommy

c a p í t u l o 3

Narrador on

Já se passavam das 22:30. Taehyung olhava no relógio a cada minuto. Estava preocupado com sua Noona. Queria ligar para ela,mas ele não possuía telefone. Seus pais,o criaram como um animal. Isolaram-o do mundo e o tornaram um homem imaturo e sem malícia alguma.

Ele estudava em casa,desde que nasceu. Não possuía amigos,muito menos colegas. Os únicos que ele tinha contato,eram aqueles que lhe criava.

Agora,ele tinha Joo-Hyun. E mesmo sabendo que a mulher o odiava,e não suportava sua presença,ele ainda se importava com ela e queria se aproximar. Afinal,ela ofereceu sua própria casa e sua comida para ele. O máximo que deveria fazer, é tratá-la como sua irmã mais velha.

Taehyung decidiu ligar a TV por alguns minutos. Para ver algum filme ou algum programa de variedade. Geralmente,ele só via televisão quando era final de semana,quando seus pais liberavam a TV,mas aqui,sem ninguém para mandar nele,podia assistir oque quiser,e quando quiser,claro,isso antes da Noona chegar.

Optou por um filme de animais. Onde um cachorro era o personagem principal.
Tae amava animais e principalmente os cachorrinhos,isso o fazia feliz e o deixava animado.

Ele nunca teve contato tão direto com uma mulher além de sua mãe. E mesmo não tendo tanta intimidade com a mulher,ele se sentia confortável perto dela.

A senhora Kina já tinha preparado a janta e foi embora pra sua casa. Taehyung sentia sua barriga roncar. Mas queria esperar Joo-Hyun para que ela não jantasse sozinha.

Provavelmente,na cabeça do menino,ela estava muito ocupada com seu trabalho e estava morrendo de fome. Então,queria ser gentil e espera-la.

Mal sabia o garoto,que Bae Joo-Hyun estava em um encontro com o dono da empresa,que agora era sua.

Tudo correu perfeitamente bem,e agora, senhorita Bae estava em um jantar com o senhor Yoongi.

Pobre Taehyung. Sua doçura e inocência é comovente.

Quando o relógio bateu as doze badaladas. Taehyung desistiu de esperar,e subiu para seu quarto. Com fome e magoado. Ele poderia até comer sozinho,mas não sabia nem como colocar uma panela no fogo.

Isso o magoava algumas vezes. Saber que não prestava e não servia pra nada. Ele já tentou mudar isso diversas vezes. Tentou ser "normal" mas seus pais sempre o travavam e diziam que ele não precisava se preocupar com nada.

Começava a chover e o tempo ficava frio. Taehyung morria de medo de trovões,e a cada barulho enfiava sua cabeça embaixo das cobertas e tentava pensar em outras coisas. Como cachorrinhos brincando na grama ou borboletas azuis.

Ele se levantou rapidamente para acender a luz. Mas mal conseguiu voltar por conta dos galhos das árvores batendo na janela.

Se permitiu chorar por alguns minutos. Imaginava que a mãe estava ali e acariciava seus cabelos até ele pegar no sono toda noite.

Na noite passada,ele chegou até ir no quarto de Joo-Hyun. Bateu algumas vezes na expectativa dela abrir a porta e deixá-lo dormir lá. Mas claramente isso não iria acontecer.

O pobre menino acabou pegando no sono depois de algum tempo.

Bae Joo-Hyun chegou em casa logo após as 4 da madrugada. Nem se lembrava de que havia outra pessoa em casa.
Estava irritada por seu encontro ter dado errado.

O cara era casado e ainda tentou convencê-la de serem amantes.

Bae Joo-Hyun era uma mulher de classe. Uma mulher poderosa que em hipótese alguma se submeteria a um papel tão deplorável e imoral como ser a segunda mulher de um homem casado.

Bateu a porta do quarto algumas vezes antes de ir tomar um longo banho e se deitar.

Pela manhã,ela teria de arcar com todas as consequências da noite passado e com um Taehyung deprimido e magoado.