Oito Anos AtrásYoongi andava de um lado para outro por sua sala, que já estava praticamente vazia ao não ser por algumas caixas de objetos e roupas que seriam doados, já era de noite e nada de Jungkook, o moreno não atendia o celular e sua mãe muito menos. Na cabeça do Min vinha mil e uma motivações para tal atraso, e todas eram problemas.
Será que ele e o pai tiveram alguma briga feia?
Será que a mãe dele está hospitalizada?
Será que Jungkook sofreu algum acidente vindo para casa?
Todo tipo de questionamento lhe rondava a mente e quando mais uma vez o celular do mais novo caiu na caixa postal, Yoongi começou sentir uma vontade imensa de chorar por angústia e medo de que realmente alguma de suas paranóias tenham se tornado realidade. E para tentar aplacar a mesma e sentir que estava fazendo algo útil ia começar a ligar para os hospitais.
Correu para o quarto e ligou o computador para pesquisar os números dos hospitais e quando ia começar sua busca, escuta a porta da sala sendo aberta e logo correu aliviado e irritado ao constatar que nada de tão grave, pelo menos com a saúde do mais novo, tinha acontecido.
— Por Deus, Jungkook! Onde você estava? — começa alarmado, mas logo sua voz vai morrendo ao ver o estado do Jeon. — O que aconteceu? — corre até o namorado.
Quando sua mãe ligou tinha passado um pouco da hora do almoço e quando saiu da casa dos Kim's era pouco mais das duas da tarde. Jungkook sabia que Yoongi estava preocupado e que o certo era ter logo voltado para casa, mas não tinha forças para isso e nem coragem para o que tinha que fazer.
Passou horas sentado nas areias brancas da praia, soluços lhe escapavam enquanto tentava engolir aquela nova realidade. Se sentia em luto, pois sabia que no momento que chegasse no apartamento de Yoongi e abrisse a sua boca para contar as novidades perderia tudo. Mas uma hora teria que enfrenta-lo, teria que olhar em seus belos olhos gateados e contar a verdade, contar o porquê não poderia o seguir como sempre sonharam, retardou o quanto pode, Afinal, sempre que lembrava-se do que tinha que fazer, uma crise de choro lhe tomava, mas sabia que não podia manter Yoongi naquele limbo, — onde tudo dava certo para o futuro tão sonhado — , para sempre.
E agora, quase nove horas da noite, quando chegou em casa e escutou o tom de preocupação, alívio e raiva na voz do seu pequeno anjo, quando olhou o apartamento vazio, indicando a mudança que aconteceria em poucas horas, quando encarou àquelas orbes felinas sentiu todo aquele tsunami de dor esmagar cada órgão do seu corpo, sentiu as lágrimas quentes querendo voltar a escorrer pelo seu, já marcado por outras tantas, e principalmente, sentiu que não estava preparado para aquele fim, nunca estaria, mas teria que faze-lo.
O alívio que Yoongi sentia ao ver Jungkook chegar em casa se esvaiu dando, novamente, lugar à preocupação quando um soluço alto saiu do moreno. Correu até ele e o abraçou, estava cego sobre os motivos que o fazia chorar, mas o temia, pois não era algo bom o que estava por sair da boca do Jeon.
— Amor o que houve? — enxugou as lágrimas grossas.
— E-eu te amo. — segurou o rosto gordinho, catalogou as sardas e pequenas marcas que tinha ali, suspirou e sentiu aquela dor enorme, que fazia processo de respirar difícil, novamente ao pensar que não veria ou sentiria mais ele. — Você é amor da minha vida, Yoongi, você sabe disso não é?
— Você está me assustando, Jungkook.
Yoongi se afasta um pouco do aperto do namorado e segura o rosto do moreno entre as suas mãos para encarar os olhos vermelhos e inchados, o Min tentava achar alguma resposta, mas a única coisa que lia naquelas belas Onix, era dor.
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Amor Marginal - MYG e JJk
FanfictionA palavra marginal é usualmente utilizada para denominar um criminoso, no entanto, a palavra possui diversos significados, que mudam de acordo com o contexto que é utilizado. E um deles é: quem não aceita os valores predominantes da sociedade ou da...