VICENT (Volume Único)

Capítulo 3

Caminhei até o meu pai que seguiu comigo até o jardim que hoje estava belíssimo...

Haviam flores e enfeites em todos os lugares. Os melhores profissionais pensaram em todos os detalhes. Segundo minha família, esse era um momento de muita felicidade.

Não o tipo de felicidade por duas pessoas estarem selando um matrícula, mas sim pela quantidade de negócios que seriam traçados. Sem dúvida a nossa união significava muito, sem dúvida alguma muito mais dinheiro do que você pode imaginar.

Caminhei com graça, os ombros retos e o rosto implacável. Quem me visse a quilômetros saberia que eu estava preparada. Confesso que por muito tempo eu também achei que estava preparada. Mas...

Tudo mudou. Olhar para o homem a minha frente me trouxe questionamentos que eu jamais havia me feito. Como será nossa vida ?

Ele me olhou de um jeito frio e apesar da beleza não havia brilho em seus olhos, era como se ele estivesse morto.

Continuei Caminhando e não alterei nenhuma expressão facial. Simplesmente segui. Mal sabia eu que o pior ainda estava por vir.

O padre começou o casamento rápido e direto. O seu discurso foi baseado em união, mas não falou em nenhum momento sobre o amor. Afinal, esse sentimento não existe.

Pouco tempo depois eu disse o SIM.

Não sabia que esse sim não seria somente a nós dois. Mas sim a mim, não imaginei que fosse tão ruim o quanto imaginei, nunca nem imaginei que podesse existir alguém tão ruim.

Padre: - Agora que estão realmente casados, o noivo pode beijar a noiva.

E então ele me beijou, por um momento, apenas um momento achei que podesse ser feliz, mas esse pensamento acabou assim que ele olhou para mim e disse:

Vicent: - Quando tempo você irá durar, vadia?

O seu sorriso diabólico me assustou mais que as suas palavras.

Pensei em responder alguma coisa, apesar disso lembrei do dia em que minha mãe me disse que existem maridos que são severos. Tem certas peculiaridades e que eu não devia me opor a nada.

Apenas encarei seus olhos. Ele silenciou e realizamos os procedimentos seguintes. Haviam todos os membros da famiglia. A mal se aproximava de mim e as mulheres cobiçam o meu marido descaradamente.

A festa durou menos que esperado pois o meu marido não esperou nem metade da programação.

- O que Você achou ? Que o meu tempo não é importante ? Eu não vou gastar nem mais um minuto nessa palhaçada! - gritou em minha direção enquanto todos assistiam a cena.

- Mas eu... - comecei a falar e fui interrompida.

- Eu não perguntei nada a você. Já chega, vou embora agora! - gritou.

As pessoas me olhavam. Umas com curiosidade e outras com pena. Mas ninguém, absolutamente NINGUÉM poderia fazer nada. Afinal, na máfia, o Dom poderia matar qualquer um que se aproximasse, incluindo matar a mim mesma.