☆ 《 forty five》 ☆

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O loiro iniciou um beijo lento, sensual, que aos poucos estava me matando. Suas mãos agarravam minha nuca com uma precisão quase mortal, as unhas curtas me arranhando de leve, dando arrepios como choques.

Minhas mãos foram para suas costas, apertando, segurando, qualquer coisa que as inquietassem diante de tal ato, afinal não é normal que Park Jimin esteja nesse estado sóbrio. Eu estava um pouco espantado, já que ele nunca fora desse jeito sem estar sob o efeito do álcool.

Infelizmente o telefone tocou e ele separou nossas bocas lentamente, resmungando enquanto pegava o aparelho para saber quem era. Eu me arrumei, tentando disfarçar a ereção que crescia em minha calça. Ele arrumou o cabelo cor de areia, enquanto respirava meio ofegante.

-Tudo bem? - Perguntei quando ele desligou o aparelho e sentou ao meu lado. Sorriu e assentiu, depois ajeitou meu cabelo que devia estar parecendo um ninho de ratos.

-Sim, era minha mãe. Nos chamou para passar o fim de semana em Busan, quer te conhecer. - Me olhou apreensivo. - Tudo bem pra você? Eu sei que pode parecer cedo, mas eu venho falando tanto de você para os meus pais que eles estão loucos pra saber quem é.

-Uau, bom... Claro que tudo bem, você conhece toda a minha família, é justo que eu conheça a sua, certo? - Mexi na nuca, levemente assustado com as novas informações.

-Por favor, se estiver sendo demais pra você, me diz que eu remarco. - Pegou minhas mãos, e eu as massageei levemente.

-Não, 'ta tudo bem. - O puxei para perto, lhe dando um selinho rápido. Ele beijou minha bochecha e deu play no primeiro episódio da série, enquanto eu tentava me acalmar, já que nesse momento nem o tesão tomava conta do meu corpo, era o medo mesmo, medo dos pais dele não gostarem de mim ou algo do tipo. Jimin era tão importante pra mim, tinha medo de algo acontecer e ele não me quiser mais.

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-E então? O que achou? - Perguntou quando fomos para o quarto. Eu o ajudava a arrumar a cama, pegando os cobertores enquanto ele tirava alguns pêlos que Salem largava pelo caminho.

-Eu gostei, a temática de bruxaria é bem interessante, só as citações à Satan que me " assustaram um pouco", mas acho que me acostumo.

-Se também fiquei assim, é esquisito de primeira, mas acho que depois de uns 5 episódios fica até cômico. Aquela cabra andando por aí e tudo mais.

-Pois é. - Deitamos, ele procurando os gatos para colocar eles deitados nas caminhas que comprou para os bichanos.

-Está mesmo confortável em ver meus pais? - Questionou novamente. Ele me olhava preocupado, fui para perto e lhei dei um selar na testa.

-Confortável não é a palavra, mas eu estou preparado. Se acalma, vai dar tudo certo. E se não der, eu te sequestro. - O abracei e ele riu me dando um beijo no pescoço. - Vai ficar tudo bem, eu 'to confiante, todos os pais me amam.

-Confiante demais, hein. - Deu uma risadinha e eu beijei sua bochecha. Ele parecia ter relaxado, fechou os olhos enquanto cantarolava alguma música infantil. Beijei o topo de sua cabeça e tentava pensar o mais positivo sobre o assunto. Iria dar tudo certo.

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-Não surta. - Disse para meu melhor amigo assim que ele entrou no meu apartamento. Eu estava pensando em pintar o cabelo e sem pensar muito descolori sozinho. Vendo que poderia dar merda ( depois de passar o produto numa metade do cabelo) o chamei para que ele me ajudasse. Era sexta e no sábado eu iria pra Busan cedinho ver os pais do Jimin, indo almoçar com eles e depois num festival na praia. Iria ficar em casa e iríamos voltar no domingo depois de almocar em casa. Eu, bem inteligente, decidi pintar meu cabelo na SEXTA-FEIRA, sem margem de erro para imprevistos, era tudo ou nada.

| yellow flower | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora