Capítulo 7

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Eu não sei exatamente quantos dias fazem que eu estou aqui. Mas sei que certamente não irei aguentar por muito tempo.

Uma garrafa com água foi trazida junto a comida. Mas como eu sei que vou vomitar em questões de segundos, decidi guardá-la.

Eu vomitava todas vezes que comia, afinal o mal cheiro desse lugar piorava.

Acordei sonolenta e consegui abri um pouco dos olhos. Não entendi como eu estava no meu quarto. Mas antes que eu podesse pensar, meus olhos se fecharam novamente.

Não sei quanto tempo dormi, mas certamente havia algum tipo de sonífero naquela água.

Abri os olhos devagar, mas recuei meu corpo assim que o vi. Sim, Vicent estava sentado na cadeira de frente para mim.

- Giovanna, não se afaste de mim. - falou com a voz firme.

Vicent: - Eu espero que você não me faça te levar para lá novamente. - falou alisando meu cabelo enquanto uma lágrima solitária caia sobre o meu rosto.

Ele tirou sua roupa e se deitou ao meu lado. Nessa noite, fizemos sexo mais uma vez.

...

Faz exatamente um semana que ele viajou. Geralmente um dom passa muito tempo fora e em partes isso me alivia. Mas hoje ele chega e não sei qual será o humor de hj.

Mas, resolvi fazer de tudo para agradar ele, afinal, essa é a minha função. Mandei que preparassem um verdeiro banquete. Ajudei em todas as tarefas, para que tudo ficasse assim como imaginei.

Me arrumei e fiquei impecável, sim, apesar de tudo ele é o meu marido e eu tenho que ser a melhor esposa.

Sentei na mesa e aguardei a sua chegada. Pouco tempo depois a porta se abriu e ele entrou acompanhado pelos seguranças.

O seu olhar era de fúria, algo estava errado! Me levantei quase de imediato e ele passou por mim como se eu não estivesse ali.

Eu permaneço imóvel por alguns segundos e somente depois de um tempo subi as escadas, retirei minha roupa e tomei um banho demorado.

Caminhei até minha cama e logo em seguida eu estava deitada tentando esquecer e ter força para continuar.

Dias depois

Ele me evitava sempre podia, ou melhor, pode. Conforme os dias passavam ele ficava cada vez mais ausente e claro, eu me culpei muitas vezes. A solidão que existe nessa casa me fez perceber algumas coisas.

A primeira delas é que eu não tinha culpa alguma, nem do comportamento dele, nem das minhas atitudes e muito menos do meu destino.

Logo em seguida, aceitei o fato de ter uma vida infeliz e tornar o sofrimento meu amigo. E logo depois consegui tomar a principal decisão!

Eu nunca teria um filho.

Apesar de muita gente achar que tudo isso é fácil de perceber não é. Afinal, conforme o tempo passar e eu não engravidar, consequências serão cada vez mais presentes. Não sei para mim, como também para todas as pessoas que me cercam.

Estamos de volta com força TOTAL!

VICENT (Volume Único)Onde histórias criam vida. Descubra agora