Entras em casa silenciosamente Segues até à sala onde deixas o perfumado casaco pendurado na cadeira, as chaves na mesa, e descaradamente o telemóvel com o ecrã visível.
Diriges te à mesa de jantar e misteriosamente está tudo pronto. É incrível como o jantar se fez sozinho, e a mesa apareceu posta.
Durante estes minutos somos uma família, sentados na mesa a jantar, mas ninguém pergunta nada porque não quer responder.
De seguida sentas te no sofá onde te esticas como se em casa estivesses. É aqui que tu vives ou é aqui que o teu corpo habita?
Beijas a minha mãe com a boca que à pouco beijavas outra, mas ela não sabe. O teu físico afasta se de forma repugnante, como se o erro não estivesse em ti. A culpa é de quem não te satisfaz, é de quem está presente e daquela que tens como garantida.
O erro está longe de seres tu.
Ninguém se apercebe de nada.
Mas aperceber se de quê? Há alguma coisa para perceber?
Foi só mais um dia que passou, nada mais que isso.
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Right Love, Wrong Time
RomanceUma história, ou textos soltos, claramente diferente do registo que tenho publicado até agora. Bastante mais crescida, com muito menos erros ortográficos e possivelmente uma escrita mais coerente. "Right Love, Wrong Time", vai falar de amor, ódio, l...