Tóquio renascentista, se é que dá pra usar esse termo eu só queria começar de forma bonita, enfim... Essa história não é sobre um final feliz ou qualquer bobagem relacionada, afinal não existe verdadeiro final feliz já que a felicidade depende da visão de cada um assim como a justiça, enfim, essa história não é uma metáfora da vida, não sou um monge, bom... Minha história começa na varanda de um bar local, eu não me recordo o nome, mas o sakê de lá era realmente bom, eu estava sentado com meu parceiro ambos com lindos ternos pretos, estávamos esperando nosso alvo, talvez eu não tenha citado mas eu trabalho como assassino pra alguns isso não é considerado um trabalho, mas eu não vou explicar toda a filosofia moral de um assassino, é um trabalho como qualquer outro. Continuando... Meu parceiro se chama Jhon ele é um estrategista calculista, já tirou a gente da merda várias vezes, ele tem a pele clara e olhos azuis e um rosto jovial e ao mesmo tempo inocente também possui um físico bom, quer dizer, ele não era a porra de um maromba mas tava no "shape", enfim ele dizia sobre nosso alvo: — Nosso alvo está na biblioteca ao lado, de acordo com meus cálculos ele sai em cinco minutos, quer revisar o plano ? - Ele era um bom parceiro mas tinha o coração mole demais pra um assassino. - Ele veio comprar um livro pra sua filha, vamos acompanhar ele até a sua casa aonde o emboscamos ao amanhecer.- Obviamente ele não estava usando cem por cento da capacidade dele, era o plano mais fraco de toda sua carreira, talvez o fato do alvo possuir uma filha ele tenha fraquejado, pra viver sua vida de assassino ele saiu de casa antes que sua filha nascesse e hoje não possui notícias sobre ela, mas sempre deposita dinheiro para sua antiga esposa. Enquanto tomava mais um gole daquele saboroso sakê eu o ouvia atentamente, após o término bato o copo na mesa não com tanta intensidade e digo: - Esse é realmente o plano ? - Jhon acenou com a cabeça concordando, dou um leve suspiro e então retiro do bolso do meu paletó uma carteira de cigarro, eu diria o nome se eu lembrasse. Acendi o cigarro e enquanto olhava pra ele solto a fumaça em seu rosto e completo: - Afinal, quem é o nosso alvo. - provavelmente você deve achar que eu sou algum tipo de idiota por perguntar algo tão banal ou pior ainda um anti-profissional, eu levo meu trabalho muito a sério se é o que você tá pensando, o que eu sei é que Jhon gostava de pesquisar mais sobre as vítimas que ele tinha algum tipo de empatia, não é nos dado nome ou algo assim, simplesmente recebemos uma foto e uma localização acompanhado de grana, ele sabe que eu sou frio e sanguinário mas a lealdade reina sobre ambos os lados mesmo assim provavelmente ele iria omitir muita informação, Jhon simplesmente se encostou na cadeira que estava e olhando o teto daquela varanda diz: - Ele é um simples empresário de família, o erro dele foi ter irritado a mafia... - indago ele dizendo: - Clássico... - Ele termina: - Há uma semana atrás ele estava voltando de carro com a família para casa depois de uma festa entre amigos, no meio do caminho seu carro quebrou, parado no acostamento um carro encostou, havia dois homens que pararam e concordaram em ajudar, após algum tempo nosso alvo havia percebido que um dos homens não parava de olhar pra filha dele, pós algum tempo a filha do então alvo entrou na floresta para mijar um dos homens não se conteve, ele aproveitou a deixa e foi atrás dela no mato e tentou estupra-la, mas nosso alvo foi mais rápido, e pulou em cima do tal homem ele o enforcou na cintura do homem havia uma arma uma glock normal, o alvo pegou a arma e ao sair do mato executou o outro homem, tudo foi terminado como legítima defesa, mas o grupo que aqueles homens pertencia resolveu não deixar barato, e por fim fomos contratados... - Depois de algum tempo trabalhando com ele sei quando não concordava com algo, essa história não tinha pé nem cabeça parecia bem convincente mas ele provavelmente deve ter omitido fatos ou inventado afinal por que pagar assassinos profissionais por duas simples mortes, se esses homens eram tão importantes a máfia cuidaria eles mesmos do assunto, provavelmente tem dinheiro envolvido... e muito... Mas eu não vou argumentar, simplesmente acenei com a cabeça em sinal de concordância, provavelmente Jhon inventou essa história pra que eu concorde com ele que talvez seja um pouco desumano o que íamos fazer, o que é uma grande piada tendo em vista as atrocidades que já fizemos, e atrocidades que já fiz enquanto trabalhava só, o tempo tava passando nosso alvo não saia por aquela porta não tão distante de nossa posição, Jhon estava totalmente pensativo e visivelmente desligado do mundo, naquela hora eu pensei o que faria e então olhei para meu parceiro dizendo: - Sabe Jhon, trabalhamos juntos faz dois anos, e eu realmente acho que você não nasceu pra isso você possui um coração muito mole, fique ciente que um dia isso vai nos matar... Bem... Graças a tua história eu não quero ter que matar esse homem, me diga seu real plano e comece falando o nome do nosso ex-alvo. - minhas dúvidas haviam se tornado certezas, Jhon começou a explicar naquela hora um plano mirabolante pra acabar com a tríade e toda uma máfia, a parte mais importante é que ele disse o nome do alvo era Yamazaki Kuro, era a única coisa que eu queria saber, antes que ele pudesse terminar seu plano a porta da biblioteca se abre, lá estava nosso alvo, levantei dizendo: - Muito bem Jhon, eu vou chamá-lo pra que ele possa entender nosso plano... - Jhon concordou com um sorriso no rosto então Levantei rapidamente e sigo Yamazaki, após o acompanhar toco o ombro do mesmo e digo: - Você é o Senhor Yamazaki Kuro ? - Ele me olhou com uma cara de poucos amigos e concordou, ele era bem velho até, acho que dificilmente desarmaria alguém, então eu completei: - Mídia estrangeira... Bonito o livro que o senhor tem embaixo dos braços. - Ele deu um leve sorriso e disse: — É pra minha filha, eu só consegui achar esse livro por aqui, eu estou meio que atrasado pra uma reunião familiar, pegue meu contato... - era o que eu queria saber, ele realmente tem uma filha, talvez eu tenha me metido demais nessa história já estava ficando enojado então levando minhas mãos ao paletó saco minha glock e o executo alí mesmo com Três tiros na cabeça, Três disparos letais em sua face... Assim assustando todos que passavam e os fazendo correr, no mesmo instante do primeiro disparo Jhon se levanta sacando sua deagle gritando alguma baboseira sobre traição, o sangue de yamazaki já havia cobrindo a calçada provavelmente eu estraguei o velório, me viro em direção a Jhon e dou quatro tiros, Dois em seu peito e dois em sua perna direita, ele cai no chão sem entender porem tendo feito dois disparos que acertam apenas a parede, pelo menos o segundo, o primeiro provavelmente acertou algum cívil, retiro meus os óculos escuros da face e o mantenho em minha mão esquerda, faço próximo de Jhon e em seguida olhando seu rosto digo: — Eu disse que isso iria te matar Jhon... a vida não é um conto de fadas, esse é o mundo real... - antes de levantar finalizo Jhon com mais um tiro, dessa vez em seu rosto, Coloco a arma na cinta novamente e em seguida coloco meus óculos escuros, dizem que o fim de algo é marcado por uma condição climática geralmente chuva... milagrosamente foi o que aconteceu naquela hora, fazendo todo aquele sangue espalhar pela pista ao som de sirenes...
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Crônicas De Um Assassino
General FictionEssa história é sobre dilemas morais execuções, um pouco de drama e muito sangue se é que isso agrega em algo.