incubus • Tendery

Capitulo Único

Incubus, uma criatura demoníaca que em forma de homem que invade os sonhos de suas vítimas, normalmente mulheres, fazendo sexo com elas e consumindo sua energia. Era isso o que a maioria dos livros de demologia e sites da internet poderiam dizer, mas nenhum deles saberia dizer se um incubus poderia assumir uma forma humana de fato e transitar entre os humanos. Esse era o meu caso.

Eu existo há muito tempo, antes mesmo da divertida Eva ter transado com Lucifer, não era exatamente uma maçã  que ela comeu e sim uma banana. Uma banana bem grande, se é que me entendem. A verdade é que o "livro da verdade" está cheio de mentiras, mas eu não culpo os religiosos que o seguem fielmente, eles não estavam lá quando homens ignorantes escreveram a bíblia e nem ao menos puderam impedir as diversas traduções feitas ao longo dos séculos que modificaram completamente os versículos e os sentidos das palavras. Os humanos conhecem apenas um terço da história real, mas eu nunca irei iterfirir nisso, afinal algumas pessoas são mais felizes ao viver na ignorância. A verdade pode ser assustadora demais para certas pessoas.

A questão é que eu preciso de sexo pra sobreviver, mas eu estava cansado de ficar apenas no submundo relaxando os demônioa. Eu queria conhecer os humanos, ter a experiência de sentir tudo o que sentiam, mas eu cometi um erro fatal: eu me apaixonei. Por alguma razão desconhecida, Lucifer havia me mandado para a Coréia do Sul, morei por alguns anos em um orfanto, fui adotado e entrei na faculdade. Tudo ocorreu da forma como eu queria que acontecesse, uma vida normal. Estava tudo bem, eu era Hendery, um garoto alto e muito simpático que conseguia o afeto de todos a minha volta. Mas no momento em que entrei para o curso de Psicologia e passei a morar em uma república, as coisas começaram a ficar complicadas.

Havia feito um amigo chamado Qian Kun, um chinês muito amável e bonito que eu acabei transando algumas vezes, ele tinha mais dois amigos. O primeiro era XiaoJun, outro chinês extremamente fofo e o segundo era a razão das minhas punhetas constantes: Ten.
Ten era a definição de beleza. As vezes eu me perguntava se aquele garoto na verdade não era demônio enviado por meu consagrado Lucifer, porque eu sei como o meu amigo gosta de ferrar com o meu psicológico.

Nós demônios não tínhamos essa coisa que os humanos chamam de sexualidade, mas as coisas na Terra funcionavam diferente e até onde eu sabia, Ten era hetero.
Eu era bem popular entre as meninas e entre os garotos, já tive alguns casos, nada muito sério e tinha uma pessoa diferente pra transar toda semana. Afinal, eu precisava disso.
Apesar de Ten e eu estarmos no mesmo grupo de amigos a mais de um ano e de fazermos aulas juntos, nós nunca falamos um com o outro, pelo menos nada além de cumprimentos educados entre conhecidos. A verdade era que estar perto dele me fazia ficar extremamente tímido e incapaz de me comunicar, o que era incrível considerando o fato de que eu sou bem tagarela.
Não lembro exatamente o momento em que me apaixonei por ele, mas tenho certeza que foi por culpa do seu sorriso adorável. Ele era simplesmente a coisa mais preciosa do mundo pra mim.

Naquela noite em especial, os meninos haviam combinado de todos irem dormirem na casa de Kun para uma maratona de filmes de terror de Pânico. Estávamos todos em colchões espalhados pela grande sala da mansão dos Qian, todos estavam dormindo menos eu.
Naquela noite, eu tomei coragem para fazer algo que talvez eu não devesse fazer: Invadir o sonho de Ten.

No sonho, ele estava sentado na beira da cama apenas com uma boxer branca que o deixava extremamente sexy no meu ponto de vista. Mas quando Ten não ficava sexy? Aquele garoto respirava e me causava um ataque cardíaco! Eu amo ele.
Estávamos em quarto que eu nunca havia visto antes, talvez fosse o da casa de Ten, era bem espaçoso e tinha alguns pôsteres de bandas na parede além de uma decoração em tons de branco e vermelho.

— Eu demorei?

Minha voz saiu em um tom mais suave, quase em um sussurro, já imaginando que eu estivesse na forma de uma mulher extremamente "gostosa" e com uma lingerie bonita como acontecia com a maioria dos caras dos quais eu invadia os sonhos. Mas ao meu olhar no espelho pregado na parede do quarto desconhecido, percebi que a minha aparência carnal não havia mudado.