Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde.
Amo-te sem problemas nem orgulho, simplesmente.
Amo-te assim porque não sei amar de outra maneira.— Pablo Neruda
________________ ⌘ ________________Meu coração estava parando, eu podia sentir. Quando o barulho sutil, quase delicado do gatilho foi captado pelas minhas terminações nervosas, foi como um vento frígido soprando meu corpo. Um cubo de gelo a descer pela minha espinha.
Mas curiosamente, ali, de frente para a morte, eu não senti medo ou hesitação. Não senti nada além de tristeza e saudade.
E você quer saber qual foi meu último pensamento antes que aquele pedaço metálico me atravessasse o peito?
Foi.... Eu te amo.
Eu realmente te amo com todas as minhas forças. Engraçado como eu estava à espera de um flashback da minha vida, mas fui presenteado com a tua imagem e uma legenda interminável dos motivos pelos quais, desde o primeiro esbarrão, eu te amei. Amo.
Amo o jeito que me irrita.
Amo seu sorriso de canto, quase imperceptível. Sabe? Aquele que você me dá todas as vezes que está orgulhoso de mim.
E também amo quando tem aqueles ataques de riso, no supermercado, no banco, no velório daquela tia esquisita sua – lembra? – e até mesmo nas preliminares do sexo.
Amo quando está bravo.
Amo quando me arrasta para o parque nas vezes que meu maior desejo é dormir. Eu vou chiando o caminho todo, mas você é sempre tão insistente.
Amo a gente ser tão diferente em tudo e você não ligar para isso.
Amo sua organização sem nexo e seu péssimo gosto musical.
Amo sua testa franzida quando, sem pensar, eu te desafio.
Amo sua mania de falar palavrão e, de vez em quando, me divirto com teu cinismo.
Amo cada pedaço seu, cada pintinha no seu corpo, cada fio de cabelo.
Amo seus muitos olhares e, acredite, apesar de difícil, também amo todas as suas idas e vindas. Principalmente as vindas, claro.
Você não sabe o quão sufocante era quando saía pela porta e demorava para voltar. Eu gritava para que você fosse e nunca mais aparecesse na minha frente, quando na realidade, assim que você dava o primeiro passo minha vontade era de gritar mil perdões e agarrar as tuas pernas. Mas eu não fazia nada. Esperava você ir para só então, sentar-me desolado, puxar os cabelos e me afogar nas lágrimas.
Eu te amo pelo seu jeito tão mutável. Pelo seu tão corriqueiro "foda-se" ao final de tudo que desiste de tentar.
Eu amo como você passa a mão pela nunca e aperta os fios ali quando está tentando não "socar a minha cara"
Amo sua honestidade, ás vezes tão desnecessária. E também sua língua afiada que sempre me desconcertou, admito.
Amo quando a gente briga, e amo mil vezes mais quando fazemos as pazes no sofá.
Amo sua mão pesada que sempre me bate e empurra durante o teu sono agitado.
Amo quando você destrói a cozinha na mísera tentativa de fazer o jantar; e também como sempre vira o mundo de ponta cabeça procurando as chaves do carro.
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Until My Last Breath • vhope
Fanfiction"Porque do começo ao fim, até o meu último suspiro, eu te amei com toda a intensidade que me foi permitida." [jhs + Kth] Oneshot Vhope