"Pip não entendia como ou porquê de se sentir tão diferente ultimamente, toda vez que se aproximava dela, sentia seu estômago se revirar, suas mãos tremerem, sua boca secar e suas pernas vacilar. Mas, ele sabia que necessitava dela no seu dia, neces...
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Todas as balas que estavam na arma, foram rapidamente para o alvo, algumas acabavam caindo e indo pro chão, em volta do capitão. O causador do tiroteio.
Pip tirou o cigarro da boca com uma mão e a outra abaixou a arma, colocando na mesa a sua frente. O cigarro estava pequeno, o que significa que já estava no fim.
Apagou o cigarro no cinzeiro e tateou o bolso de trás da calça, procurando pelo maço dos cigarros. Acedendo um com o seu fiel isqueiro e novamente colocou na boca.
Desde que tudo começou, o seu vício por fumar tinha aumentado e o que mais irritava Pip era que, ele não fumava em uma única ocasião:
Saiu da pequena sala onde treinava os seus tiros e decidiu dar uma volta, quem sabe assim distrai a sua mente? Mas o Bernadotte sabia que nada tirava ela da sua cabeça.
Não importava a hora, se era dia ou noite, se estava ocupado ou não, sua mente o traía e jogava imagens dela, fazendo-o ficar louco — mais do que já era.
Se o francês passasse muito tempo longe da jovem, sua cabeça fazia ele se lembrar dos toques dela, da voz, do doce olhar, do sorriso, a risada e o seu cheiro... ah! Como o Bernadotte adorava ouvir sua risada, abraçá-la e sentir seu cheiro e a parte que mais gostava, ouvir ela chamando pelo seu nome...
— Pip! — e falando nela, sua garota dos sonhos surgiu a sua frente com um sorriso alegre no rosto.
— Pois não? — imediatamente surgiu um sorriso, era impossível para o mais alto não sorrir na presença dela.
— Estou indo dar uma volta, quer ir? — ela disse com um doce sorriso, esperando ansiosamente pela resposta dele.
— Por que não? — Pip sentiu-se animado, um passeio só ela e ele, quase um encontro, quase.
Ambos começaram a caminhar para a porta principal da casa Hellsing, um silêncio se instalou entre os dois, não era incômodo pelo menos, não para Pip, que com o silêncio podia pensar de uma forma menos confusa.
Enquanto o francês permanecia selene e plácido, a jovem inglesa ficava cada vez mais curiosa pelos pensamentos dele; Já tinha notado como o rapaz andava pensante e mais sério nos últimos dias, o que era incomum para ele.
A inglesa daria uma moeda por cada pensamento que o fizesse ele ficar aéreo desta forma, e pensando assim, acabou soltando uma leve risada o que atraiu a atenção dele.
— Por que está rindo? — indagou com um pequeno sorriso para a jovem, que tinha uma mão na boca.
— Você! — aquela única palavra fez um arrepio subir pelas costas de Bernadotte, que ficou mais curioso.
— Eu? — apontou para si mesmo. — Ora, o que eu fiz?
