Catastrófico - Amor Doce

CAOS

CAOS.

Foi a única palavra que conseguiria definir o que Castiel sentira. Sua cabeça estava a explodir, tantas informações e ao mesmo tempo, poucas.

Queria saber mais. Necessitava saber mais. Faziam dias desde que conseguiu ter uma noite decente de sono.

O garoto estava cochilando, apoiando a cabeça na cadeira dura do hospital, quando sentiu uma mão sacudir levemente seu ombro.

- Querido.. Como você está? - perguntou em um tom de voz doce. Era Renata, a mãe de Lynn. Ao perceber a expressão confusa e apavorada que se formava no rosto do garoto, ela acrescentou: - Não se preocupe, ela está bem.. Aliás, eu vim te avisar que já são 7:00 horas.

Na noite anterior, Renata havia lhe contado que sua filha, Lynn, poderia receber visitas no dia seguinte, das 8:30 às 10:00. Era um período de tempo curto, para as milhões de palavras que se formavam na cabeça se Castiel, mas mesmo assim, era um alívio poder saber mais sobre o estado de sua namorada.

- E-Eu.. Eu vou tomar um café.. A senhora quer me acompanhar? - perguntou, em um tom cansado. Fazia uma semana que estava indo e vindo, do hospital para casa, de casa para o hospital. Apenas ia para casa para se trocar, e às vezes, buscar algum jantar para sua sogra, que insistia em ficar no hospital 24 horas por dia.

Ela assentiu, e os dois se levantaram, caminhando em direção à lanchonete. O café da manhã foi quieto, eles trocaram algumas poucas palavras relacionadas à Lynn, mas de resto, só assentiram quando eram questionados de algo.

Castiel logo foi para casa, afim de tomar um banho relaxante, mas ao mesmo tempo, rápido. Perder a hora da visita seria o pecado mais doloroso. Assim que deu 8:30, ele já se encontrava à porta do hospital. Junto dele, estavam Alexy, e Rosa. Tinham combinado de dividir os dias de visitas em grupos, para não cansarem tanto Lynn, que ainda se recuperava do acidente.

Antes de entrarem no quarto, Renata alertou os meninos de que sua filha estava um pouco confusa.

- Ela p-perdeu a memória? O quê? Como assim? - o menino questionou, espantado.

- Bem, querido.. Uma parte, sim - suspirou, carregando toda a tristeza no olhar. - Ela ainda está um pouco confusa, os médicos disseram que é normal.. Temos apenas que torcer para tudo voltar ao normal..

- Mas.. E se ela não lembrar da gente? - Rosa perguntou, em um tom decepcionado.

- Ela irá, tenha fé nisso - Renata acariciou os cabelos platinados da garota, que tinha seus olhos marejados. - Peço, por favor, para não confundir a cabeça de Lynn, ela está passando por um estresse enorme.
Todos assentiram, quietos. Castiel foi o primeiro a entrar, seguido por Rosa, Alexy.

Quando entraram, se viam diante de um quarto individual branco, com cortinas azul bebê. Castiel logo pousou o olhar em Lynn, que encaravam o pequeno grupo um tanto desamparada.

Castiel notou que seu cabelo, que antes era longo, e batia em sua bunda, estava à altura do queixo. Não consegui evitar pensar em como ela continuava linda, e que isso só realçava a beleza de seu rosto.

O silêncio estava constrangedor, todos se entreolharam, procurando palavras. Enfim, Castiel cortou o silêncio, se sentando ao lado de Lynn.

- Oi, garotinha.. - lhe deu um sorriso doce, se esquecendo da armadura de badboy do lado de fora. - Como você está?

O menino se aproximou mais ainda dá garota, e cuidadosamente levou sua mão em um gesto simples e gentil, procurando contato com a garota. A mesma estava assustada, e recuou bruscamente ao contato de Castiel. Logo, retomou consciência, e se desculpou.