Cap 8

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Me aproximo cuidadosamente do envelope branco e pego ele de uma vez,meu coração começa a bater acelerado e eu começo a temer o que tem escrito na cara. Abro a mesma e começo a ler.

"Por essa você não esperava! Há 10 anos atrás eu disse que voltaria para me vingar,e é aqui que o inferno começa! Mostre essa carta para alguém e você nunca mais verá a sua filha!"
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Jogo a carta no chão e começo a me desesperar,com certeza era o Renan,e eu não podia correr o risco de mostrar essa carta pra ninguém,nem para o Gabriel e os meus pais.

Abro a geladeira e bebo um copo ď água para me acalmar,Renan não seria capaz de machucar a minha filha,e com isso terei que fazer tudo isso escondido.

Pego a carta que eu mesma joguei no chão e subo as escadas silenciosamente sem deixar nenhum vestígio de que alguém tivesse passado por ali,entro no quarto e abro a gaveta guardando lá a carta.

-Onde você estava?-Gabriel disse meio sonolento.

-Fui pegar um copo ďágua.-O que era verdade e mentira ao mesmo tempo pois não iria contar para ele sobre a carta.

-Entendi,agora vem aqui deitar comigo porque amanhã eu tenho certeza de que nós iremos encontrar a nossa filha!-Gabriel disse me puxando para deitar na cama.

Deitei na cama e acabei adormecendo nos braços de Gabriel,lá era o único lugar que eu me sentia protegida e eu sabia que ninguém podia me separar dele.

No dia seguinte....

Acordei nos braços do Gabriel e por alguns segundos,me permitir admirar o seu rosto,o quão perfeito era,e que a cada instante não parava de se preocupar com a família.

-Já acordou?-Gabriel me perguntou sorrindo.

-Sim,bom dia!-Eu disse dando lhe um beijo.

-Bom dia meu anjo!-Ele respondeu devolvendo o gesto.

Uma das coisas que eu mais admirava em Gabriel era a sua capacidade de sorrir em meio as dificuldades,enquanto ele fazia isso eu fingia que estava bem,sendo que depois daquela carta eu fiquei mais preocupada ainda.

Me levanto da cama e troco de roupa e quando ando pelo corredor vejo o quarto de Maya e diversas lembranças vem a minha cabeça,desde o seu desaparecimento ninguém nunca mais entrou em seu quarto,talvez seja por tristeza de entrar lá e não ver mais ela.

Abro a porta e sento na sua cama,seu ursinho ainda estava lá,era uma das coisas que ela adorava,abraçei o ursinho e pude sentir o seu cheiro e para mim era ótimo pois era como se ela estivesse ali comigo,mas nada substituiria a sua presença,nada ali traria ela de volta,e era isso o que mais me doía.

-Não vai tomar o café?-Gabriel disse abrindo a porta do quarto.

-Já vou.-Eu respondi com um tom triste abraçando o ursinho enquanto ele se sentava na cama do meu lado.

-Não vou mentir,estou fazendo o máximo para te trazer tranquilidade o que é quase impossível nesse momento,a única pessoa que nos traz calma está longe e eu me sinto na obrigação de cuidar de você e encontrá-la.-Gabriel disse me abraçando.

-Eu sei...e eu sou muito grata por isso.-Eu disse sorrindo.

-Ah esse ursinho...-Gabriel disse emocionado.-Ainda tem o cheiro dela.

-Sim,o ursinho já está aqui,agora só falta ela.

-É triste dizer isso,mas infelizmente eu concordo com você.

-Vamos ser positivos,não importa o que acontecer nós nunca iremos desistir de procurar ela! Tudo o que for pela Maya nunca vai ser em vão!-Eu disse confiante.

"Em momentos conturbados é preciso ter calma" (Marya Eduarda)



Meu querido urso Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora