Cap 1 - Prólogo

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Nascera uma garota, cujo a cor de seus cabelos eram rosa pastel, um tom que remetia a memórias do céu ao entardecer, possuía uma pele bronzeada, como uma mistura de tons, sua pele era como um marrom avermelhado a qual combinava com seu par de olhos carmesim, tão profundos e misteriosos que conseguiam deixar qualquer um enfeitiçados, se tratava de Raya Ragnrr. Fora criada em uma vila de dragões, onde se encontrava o Clã Ragnrr, uma antiga comunidade fundada a partir das mesmas feras réptilescas que deixaram sua ilha sagrada após o ataque de invasores do continente a leste do mapa, conhecido por todos de Orta, continente o qual se passa a história, como "Terra Seca", onde se encontravam os mais tenebrosos monstros e homens que surgiram nesse mundo. A menina era mestiça, uma híbrida, mas não como comumente se é visto de híbridos, poderia ser mais considerada uma metamorfa, podia se transfigurar para a forma de etnia que quisesse, sendo elas humano, dragão e fada. Sua mãe era sim uma híbrida, nascida de um casamento entre uma fada e um humano uma mulher de aparência extraordinária. Já seu pai, chefe do clã, o dragão mais forte conhecido de Orta, tanto por sua beleza quanto por suas conquistas em guerras que um dia se estenderam pelo continente.
Ela estava sempre rodeada de pessoas, era uma figura popular entre os demais habitantes de Ragnrr, porém sua sociabilidade não afastara o preconceito que os outros membros continham em relação as suas origens, era comumente visto pessoas serem punidas por falas maldosas e piadas de mal gosto, pelo simples fato de que em suas veias corriam sangue humano.
Afinal, os humanos eram a raça mais destrutiva, pois facilmente produziam engenhosas e maldosas armadilhas e trambolhos capazes de derrubar o maior dos gigantes, como se não bastasse sua inteligência pouco elevada, possuíam ainda uma afinidade com magias, devido a um acordo com o Deus do Sol, conhecido como Mjora, também conhecido como Deus da magia, dando aos humanos a habilidade de poder, se caso treinassem e estudarem o suficiente, aprender quaisquer tipos de magia diferentemente de raças como os elfos que cada uma das espécies era especializado em apenas uma, e com esse poder, os humanos por longos anos, apenas pela ganância e necessidade de poder, iniciaram e incentivaram guerras desnecessárias, as quais traziam dor e sofrimento para muitos povos.
Em um dia ensolarado, a menina em seus 60 anos de idade, o que seria equivalente a 13 anos na idade humana, andava pela aldeia com seu melhor amigo John, o seu fiel escudeiro que sempre estivera junto em suas muitas aventuras.
Nesse dia estavam indo ver Dryett, uma amiga da Vila de Elfia a qual conheciam desde que eram criancinhas, eram quase como que inseparáveis, apesar de Elfia ser crítica e preconceituosa com quaisquer outras raças que não fossem elfos, dríades, fadas e gnomos da floresta, não podendo se esquecer dos espíritos, claro, mas não viam a relação afetuosa de Dryett como uma ameaça, mas como uma chance de se receber proteção contra outros seres mais ameaçadores, como os gnomos das sombras, vindos do subterrâneo do império, eram conhecidos pelo seu vasto comércio denominado por mercado sombrio, onde se vendiam todos os tipos de coisas, até mesmo partes de raças que comumente eram usadas pelos humanos como artefatos de magia.
John era um garoto fofo, olhos levemente puxados para cima o que o deixavam com um olhar selvagem para uma criança tão dócil, amável com tudo e todos. Sua aparência era considerada comum, um rosto com bochechas rechonchudas, cabelos verde claro e olhos de cor marrom avermelhado, os quais expostos a luz do sol definitivamente refletiam carmesim, sua pele era macia para alguém que possuía escamas tão grossas e afiadas na forma de dragão as quais eram verdes que combinavam tanto com seu cabelo, quanto com sua afinidade natural com a fitocinese, o poder de conjurar e manipular plantas, sua pele era de uma cor clara, levemente rosada, era como a protagonista o enxergava, um irmão mais novo ao qual devia proteger. Ele era apaixonado por Raya, o que fornecia a Dryett uma brecha para caçoar do menino. Aproveitando a deixa irei apresentar Dryett, a primeira paixão da meio dragão, se tratava de uma elfa da espécie noturna, a qual possui afinidade com umbracinese, a habilidade de manipular as sombras, cabelos longos, trançados em várias partes comumente conhecido por nós leitores como trança africana, eles alcançavam até cerca de um palmo de sua coxa, eram escuros como o breu da noite, seus olhos eram reluzentes, uma cor de cinza cristal, como diamantes sob a luz da lua, uma pele negra acinzentada, as quais tinham um contraste com suas grandes tatuagens, estriadas pelo corpo de cor dourada, eram como rachaduras vulcânicas pareciam quase que brilhavam, a garota era linda, apesar de muito implicante e sem paciência para com os dois pequenos integrantes de Ragnrr, não conseguia passar muito tempo sem acompanhá-los em aventuras pela floresta. Porém, esse dia o qual combinaram de brincar juntos como acontecia comumente fora um péssimo dia para se pensar em escapar e desobedecer os avisos de suas respectivas mães e indo em direção a parte mais densa e sombria da floresta nevoada, como os que não a conheciam direito chamavam, ao qual haviam combinado de treinar a magia das sombras a qual Dryett era tão boa e Raya possuía uma pequena afinidade devido ao seu sangue humano. Haviam descido ao nascer do sol, escondidos da vista dos adultos e dos irmãos mais velhos John, que com certeza os repreenderiam e caçoariam por estarem indo ver uma elfa, portanto fora ao entardecer que começara o pesadelo de Raya, nunca passou pela cabeça dos pré-adolescentes que aquela seria a última vez que brincariam juntos daquela forma.

Na visão ao longe de uma vasta floresta avistaram um exército, que esgueirava-se não muito bem pelo terreno desconhecido, Dryett se apressara para voltar a vila, pensara que seria sua melhor opção no momento, dizendo quase como um sussurro - Ei seus miolo mole, não morram. - disse sumindo em meio as sombras com uma expressão que, na visão de Raya parecera assustadora. Sem perder muito tempo, John e Raya correram para alertar seu lugar de vivência, porém, ao chegar lá, o local já estava devastado pelas chamas, era possível ver as bestas celestes sendo abatidas uma a uma, por um tipo de mecanismo de poder avassalador visivelmente, humano, John se desesperara, seu primeiro pensamento foi o de ir atrás de seus pais, mas no momento em que transformou-se em fera, fora abatido por um guerreiro, e foi morto na frente da pequena e indefesa Raya. O homem acabara de matar seu melhor amigo sem piedade, com os olhos gélidos e vazios, a visão de Raya havia sido manchada por sangue escorrendo da cabeça de John, que havia sido perfurada por uma lança vermelha, não era difícil de reconhecer o assassino, sendo ele o famoso comandante do exército de Yasha "Abatedor de Bestas", Kahn Bellerose. Raya agora paralisada no chão, havia sido poupada por conta de suas habilidades dragão, que por sorte, ou azar, não eram visíveis desde seu nascimento, nem mesmo as pupilas de réptil, as quais geralmente eram o fator base que diferenciava-os dos humanos, e dizia-se que era por nunca ter aprendido a controlá-las. O homem ao avistá-la, em uma velocidade insana, quando percebeu, já havia avançado na pequena Ragnrr, a golpeando na parte superior de sua caixa torácica, um ferimento estendido desde um de seus ombros até o meio de sua barriga, um corte limpo, porém não muito profundo, visto que apesar de ter sido por puro reflexo, sua intenção não era matá-la, lhe deixando uma ferida que mais a frente se tornaria uma grande cicatriz, tanto física, quanto emocional.
Demorou um tempo até que a informação de que havia sido atacada chegasse até o cérebro, assim caindo com os olhos completamente tomados pela secreção lacrimal, encontrou-se com o chão, contorcendo-se de dor, o homem a olhou e se enxergou como um monstro, sentindo uma culpa imensa, levou a menina embora consigo, sem dar muitas explicações aos soldados devida a sua grande autoridade perante o exército, porém a seus superiores do império alegou que havia salvo a garota que era, pela explicação de Kahn, uma humana mantida como refém pelos tais "malditos" dragões que "ameaçavam" o grande império de Yasha.

E deste ponto em diante, tudo seria diferente...

Força DracônicaOnde histórias criam vida. Descubra agora