Passado
No dia 24 de maio do ano de 1839,o doutor Luiz Carlos, um Químico, deu uma palestra na academia de ciências sobre as propriedades incomuns do hálito de prata em contato com uma chapa fotográfica.
Segundo ele, a foto negativa não captura apenas o reflexo da luz emitida, mas também um tipo de energia diferentemente lindo, um tipo de energia que as pessoas chamam de alma.
A sociedade cientifica tirou sarro dele.
Até surgir certo ritual:
As pessoas começaram a tirar fotos dos falecidos com olhos pintados nas pálpebras, achavam que desse jeito evitariam a morte!!!
Victor
Coloco uma musica clássica na vitrola. Pinto as pálpebras de minha mulher, que acaba de morrer a apenas algumas horas, e coloco o seu vestido branco de noiva, que arrastava no chão e ficava lindo na mesma. Deixo sua cabeça imóvel apertando de leve com um gancho.
Posiciono a câmera na sua frente, me preparando para fotografa-la. Pego um copo de uísque que mantia o tradicional dois dedos de medida, e viro tudo de uma unica vez. A ardência do álcool desce rasgando a minha garganta.
A temperatura do ambiente estava bastante agradável e a musica tocava alto na vitrola.
Eu trajava apenas uma camisa três quartos branca, um colete preto, com uma calça preta e um sapato preto.
Me ajeito para tirar a fotografia, fico debaixo do pano preto escuro e olho pela lente da câmera,a lente fazia com que ela estivesse de cabeça pra baixo.
Eu estava quase pronto para tirar a foto de Aurora (nome de minha mulher), quando ela se solta do gancho, fazendo com olhe para baixo.
Solto um suspiro de cansaço e vou até o corpo de Aurora, aperto o gancho um pouco mais forte do que a outra vez. Volto para câmera e faço as mesmas cerimonias para tentar novamente tirar a fotografia de Aurora, mas novamente sua cabeça se solta e cambaleia para o lado.
A vitrola arranha, e começa a repitir a mesma frase várias e várias vezes
Victor-Droga !!!
Desligo a vitrola, e tiro o disco. Novamente vou até a Aurora e aperto mais uma vez o gancho em sua cabeça, com uma pouco mais de força, tanta força que sinto o gancho sendo incravado em sua cabeça.
Faço a mesma cerimonia de novo, e coloco meu olho na lente da câmera, porém novamente ela se solta do gancho. Admito que aquilo estava me assustando um pouco.
Victor-mas que...?
fico de frente para o seu corpo, a observando de longe. Eu estava um pouco assustado com tudo aquilo.
sinto uma presença atras de mim, me observando silênciosamente, aquilo estava me dando calafrios. Me viro rapidamente para ver quem é, e estranhamente não havia ninguém lá, isso estava me assustando cada vez mais.
Por fim eu ajeito a cabeça de Aurora no gancho, vou até a câmera e por fim tiro sua foto negativa.
Macumba do tempo

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o noivo- romance gay
HorrorUm jovem garoto viaja com o futuro marido à casa da família dele e passa a acreditar que a viagem foi um erro. Isso porque ele testemunha eventos estranhos enquanto a família prepara uma cerimônia de casamento macabra.