Chuva

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Em mais uma das noites frias do inverno de Berlim, eu estava novamente com ele. Seus olhos azuis tempestuosos me olhavam intensamente, as pequenas gotículas de água que percorriam seu rosto conforme a água fria da chuva caia sobre ambos os corpos o tornava indecifrável aos meus olhos. Sua expressão era fria e sombria, assim como a noite.
Trajando apenas uma jaqueta de couro, uma camiseta branca e uma calça jeans que se encontravam todos encharcados, eu começava a me sentir arrepiado, não só pelo frio que fazia, mas pelo olhar penetrante do homem de estatura baixa a minha frente.
Os carros que passavam pela rua faziam seus cabelos negros balançarem derrubando algumas gotas de água sobre a camiseta preta de mangas longas que ele usava.
Ao contrário do que muitos fariam naquela situação, nós não estávamos pensando em nada, apenas apreciando uma última imagem do cenário que se formou nos últimos 3 anos. As palavras não eram necessárias, apenas os olhares já nos satisfaziam.

Foi naquela chuva de inverno que nossas vidas tomaram um rumo...

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