Sejam bem-vindos ao paraíso

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Enquanto devorávamos a casa, ouvi um ruído vindo de dentro dela. Parei imediatamente, e deixei que meu irmão continuasse. Logo, apareceu na porta, uma mulher enfurecida.
-QUEM OUSA COMER DOS MEUS PRECIOSOS DOCES?!
João estremeceu de medo. Eu, logo comecei a articular um modo de sair dali.
- Desculpe-nos dona bruxa, estávamos famintos há semanas, ao ver sua deliciosa casinha, não resistimos!
- MINHA casa, não é banquete para crianças imundas! Agora, terão que pagar por cada doce que comeram!
Fomos levados para o interior da casa, que era igualmente encantador. Meu irmão foi aprisionado em uma jaula, e eu deveria alimenta-lo para engorda-lo para ele ser o banquete da bruxa. Posso dizer que, isso não foi difícil. João era insuportavelmente autoritário e chato em todos os sentidos; mata-lo não seria problema para mim, agora, tinha apenas que conquistar a bruxa e ficar livre!
Todos os dias, eu cozinhava e engordava meu odiado irmão. E claro, fazia todas as vontades da bruxa. Até que um dia, ela comunicou que seria oficialmente o último dia de João, pois ele estaria no ponto para um belo banquete.
Seria hipocrisia da minha parte dizer que não entristeci com a notícia, afinal, ele era meu único irmão. Mas, isso logo passou e já o preparei para assar.
Lembro-me como se fosse hoje das súplicas de João para mim. Ele estava desesperado pela vida, mas eu, eu não poderia fazer absolutamente nada! Eu deveria sobreviver, sozinha, mas viva!
Após o delicioso jantar, a bruxa decidiu por me dar a liberdade. Mas antes, fez -me ter poderes como uma bruxa; através de uma varinha mágica, tudo poderia fazer. Deste dia em diante, morei na floresta em um lindo chalé.

Éramos João e Maria Onde histórias criam vida. Descubra agora