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Já fazia algum tempo, quando me deparo olhando em volta. O dano que essa guerra causou com todas essas pessoas, inclusive eu, foi gigantesco. Eu continuava sendo só mais uma das vítimas, no meio de tantas outras. A que ponto chega a ganância humana? Num mundo onde médicos se acham deuses capazes de mudar o ser humano, o mutando, e eu ainda continuaria sendo mais uma de muitas experiências que não deu certo. Bem, é o que seriam essas experiências? Eu ainda não sabia ao certo! Mas, a certeza de que por detrás desses portões existiam um perigo muito maior a se temer.

Já existiam alguns boatos de que ao sair pelos portões enfrentaríamos algo muito pior que os médicos psicopatas e suas experiências sádicas. E várias pessoas já estavam comentando, a devastação da população mundial estava em risco! E segundo os soldados que ali estavam, o Apocalipse tinha começa enquanto estávamos no meio de toda aquela destruição que estavam considerado a maior guerra de todas. E agora só restava acreditar e encarar o que estava do outro lado dos portões, mesmo que o medo estivesse em mim.

E só de pensar que o Apocalipse que lia em livros quando era criança estava ficando cada vez mais perto de chegar ao seu ápice final, vinha me causando medo ao imaginar o que encontraria ao sair. Mas eu precisava saber se as poucas pessoas que conheci no campo de refugiados e saber se ainda estavam vivas, principalmente uma em particular. Alex, ele tinha se tornado uma das pessoas mais importante para mim até então. Tinha ó conheci quando perdeu sua família para os experimentos a gás junto comigo, e era como se um conforta-se o outro. E logo depois, não nos desgrudávamos mais, conforme o tempo foi passando nossa amizade foi se fortalecendo e se transformando em algo que nem eu ou ele pudéssemos controlar, eu já estava perdidamente apaixonada por ele! Mas como sempre, tudo tende a piorar, e logo quando nosso relacionamento estava indo tão bem, resolvem o mandar para um dos inúmeros campos existentes à nossa volta, e como se não bastasse, levaram também os poucos amigos que um dia já tive. E tudo o que eu precisava fazer nesse momento era ir atrás deles, mesmo que fosse para descobrir que estavam todos mortos.

Já tinha se passado um tempo quando, realmente resolvo deixar minhas inseguranças para trás, e enfim atravessar aqueles portões.

Medo...

Esse era o sentimento que me cercava naquele momento. O Apocalipse já vinha sendo o assunto mais comentado até então, quase ninguém realmente tinha coragem de sair por detrás dos portões! Até então, era considerado um dos poucos lugares seguros que ainda tínhamos. Quem iria dizer que um campo para refugiados poderia ser bom num momento como aquele?

Fecho meus olhos e respiro fundo, eu ainda não sabia que monstros estavam me esperando.

Já afastada dos portões que cercavam a espécie de abrigo, começo a enxergar a devastação que tudo aquilo tinha se tornando. Fumaça ainda saia pelos destroços de alguma das casas que antigamente estavam ali, e as paredes que ainda restavam em pé continham as marcas das possíveis chamas.

E eu ainda estava longe do próximo campo de refugiados quando me deparo com uma espécie de sombra negra parada em minha frente. Aparentava ser um homem vestido com uma capa, mas pro meu maior espanto, ele não aparentava ter rosto, e muito menos corpo! Estava parecendo com uma das várias sombras que apareciam em vários filmes de terror da época.

Talvez eu estivesse alucinando, ou então estava realmente cara a cara com um ... seria isso um demônio? Ou quem sabe a própria morte sem a sua gadanha? Bom eu não sei dizer o que estava em minha frente, a única certeza que tinha naquele momento era que eu precisava correr o mais rápido possível, e foi exatamente o que eu fiz.

Eu não iria ficar ali parada para saber o que aquilo realmente era, e muito menos para saber se era do bem ou do mal!

(...)

Depois de muito tempo correndo na direção contrária da que estava indo no inicio e sem nem ao menos olhar pra trás, descido parar para respirar e enfim virar o meu pescoço para me certificar de que aquilo não estava me perseguindo.

Eu não poderia me desesperar, mas para onde eu iria agora? Eu precisava mais do que nunca de respostas, e ao mesmo tempo não poderia ficar sozinha e desprotegida para o que quer que fosse aquilo ter a chance de aparecer novamente.

E medo era tudo o que eu não poderia ter agora, já que pelo visto sou a única pessoa que ainda resta por aqui.

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Olá pessoinhas, espero que tenham gostado. Essa é a primeira história que vou postar por aqui, e bem, já faz um tempo que eu escrevi ela.

Ela é inspirada no filme Dunkirk e no livro "caixa de pássaros" do Josh Malerman, e mesmo sendo uma história com poucos capítulos por ser curta, vou acrescentar umas coisas a mais para não ficar tão pequena.

Obs: essa história contém suicídio, então por favor se você não se sentir bem com isso ou não gostar desse assunto não leia.

Espero que todos gostem. Xx S

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⏰ Última atualização: Sep 02, 2019 ⏰

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