Violetas

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Alguns dias depois, Jihoon estava escolhendo a flor da vez, já que Soonyoung só estava postando fotos com o namorado.

Naquele momento não existia Hanahaki, não existia Chan, não existia problemas. O mundo era cor de rosa e cheirava a flores, ou talvez seja porque ele estava entre várias rosas e em uma floricultura.

Pensou nas várias opções que tinha, mas parecia que ele já havia presenteado Soonyoung com todas as flores dali.

Estava pensando quando viu algo brilhar. Não era bem um brilho, mas se destacou entre as rosas um roxo ofuscante.

"Isso, um buquê de violetas!", pensou. Mas logo sentiu uma dor muito forte no estômago e ânsia, juntamente com pontadas em todo seu interior. Correu para o banheiro mais próximo e vomitou.

Vomitou flores inteiras de cerejeira manchadas de sangue. Dessa vez não eram pétalas, e sim flores inteiras. A doença avançou e chegou em seu segundo estágio.

Jihoon deixou a porta aberta e seu chefe foi ver o que havia acontecido pois ouviu o choro do menor.

- Ele não me ama, Taehyung...- Sentou-se no chão e encostou a cabeça na parede.

O chefe, que era poucos anos mais velho que Jihoon, havia acompanhado toda a "história de amor" dos dois. Desde o dia dos girassóis até a hanahaki.

- Você precisa fazer a cirurgia, Jihoon. Caso contrário, vai acabar morrendo. Mesmo que você seja um dos meus funcionários, é meu amigo, e eu não quero te perder.

- Mas eu não quero esquecer o Kwon.

- Se ele for seu akai ito, o destino nunca deixará vocês separados. O fio vermelho do destino não se rompe.

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Jihoon seguiu seu caminho até a casa de Soonyoung, com seu buquê de violetas, pontadas no coração e borboletas no estômago.

Junto de seu buquê não havia um bilhete bonitinho, ou talvez fosse, mas dessa vez ele desmascararia Chan e diria toda a verdade para Soonyoung.

Não gostava quando as pessoas brincavam com o coração das outras, principalmente quando isso incluía seu garoto de olhos de gatinho.

Chegou a casa do moreno. As flores branquinhas bem cuidadas continuavam ali, exalando seu perfume. Mas quando olhou para a janelinha, seu buquê de girassóis não estava mais ali, e sim o buquê de esmeraldos de Chan. Novamente uma pontada atingiu um de seus órgãos.

Tirou a carta de papel bege do seu bolso e colocou entre as violetas. Quando se aproximou da porta, conseguiu ouvir vozes.

Chan estava com Soonyoung. Ótimo!

Colocou cuidadosamente o buquê no chão em frente a porta, apertou a campainha e correu para um dos lados da casa. Precisava ver o que aconteceria.

Conseguiu ver a luz de fora ser acesa e o barulho da porta sendo aberta.

- Um buquê?

Era a voz de Chan.

- Quem é, Chan?

- N-não é nada! Deve ter sido engano!

- O que é isso? É um buquê?- A voz de Soonyoung estava mais próxima.

- Já disse que deve ter sido engano!

- Deixe-me ver!

A luz foi apagada e a porta fechada, mas a vozes ainda ecoavam de dentro da casa e era possível ouvir claramente.

Jihoon espiou pela janela pequena e viu Chan tentando pegar a carta das mãos de Soonyoung, e o moreno em cima do sofá, abrindo o pequeno envelope.

Sentiu mais uma pontada.

Soonyoung começou a ler a carta em voz alta. Por isso ele não esperava.

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Cap curtinho mas tá aí 💜
O próximo é apenas a carta que o Jihoon mandou

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