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Camila's point of view

- Mãe? - São 8 horas da manhã e desço as escadas de casa. Percebo que há algo de estranho, já que a casa está muito silenciosa. Na verdade, que o bairro está muito silencioso e isso não está certo, moro em um bairro em Miami onde a maioria são descendentes de cubanos, então sempre existe alguma casa com uma festa rolando. Porém, apenas uma casa está fazendo barulho, a da minha vizinha Jauregui. Pego meu telefone e tento ligar para a minha mãe, mas só cai na caixa postal. Tento ligar para meu pai e acontece a mesma coisa. Olhos em volta da cozinha para ver se alguém deixou um bilhete ou algo do tipo, contudo não encontro nada.

Saio para a rua e tento ver se algum vizinho está em casa. Vou até a casa 205 e bato na porta e não encontro ninguém, na 201 e novamente sem nenhuma pessoa. Fui em todas as casas da rua e não tem uma alma viva na rua, tirando a Jauregui.

Vou até sua casa e bato na porta. Em poucos segundos, uma morena alta abre a porta com um sorriso no rosto.

- Oi, Camila não é? - Ela pergunta. Eu confirmo e prendo meu cabelo em um coque por causa do calor.

- Os seus pais estão? - Lauren nega com a cabeça e eu murmuro um " que droga" que deveria ser baixo, porém parece que não foi tanto assim.

- Algum problema? - Ela pergunta. Nego com a cabeça. A morena se afasta um pouco da porta e me convida a entrar. - Eu não quero incomodar Lauren. Eu só queria saber se os seus pais sabem onde os meus estão. - A de olhos verdes cruza os braços e se encosta na porta.

- Eu também iria na sua casa pra saber aonde os meus estão. Tentei ligar e ninguém atende, até minha irmã que não larga o telefone não atendeu e nem recebeu mensagem. - Ela comenta e eu sinto um calafrios na minha espinha. Tem alguma coisa errada. - Pra falar a verdade eu fui trabalhar hoje e não tinha ninguém em lugar nenhum! Não teve ônibus. Não teve nenhum carro na rua. Não teve ninguém nas calçadas. E ninguém no meu trabalho.

Isso tá ficando completamente esquisito agora.

- Eu tentei ligar a tv antes de sair na rua e não tinha nenhum canal ao vivo. Ate a radio eu tentei, mas não teve nada. Absolutamente nada. - Lauren arregala os olhos e pega seu telefone.

- Vamos ligar pra emergência. Tem que ter alguém lá. - Concordo e a morena disca o número da polícia. Se passa mais de dois minutos e ninguém atende, eu liguei para os bombeiros e ninguém atende, e nem a ambulância. 

- O Wallmart com certeza deve ter alguém. - Eu digo. Mas Lauren não presta tanta atenção e murmura algo no telefone.

- Eu fui na avenida mais movimentada do bairro e não tinha absolutamente ninguém. Então não terá ninguém no Walmart também. - Ela diz meio nervosa e eu respiro fundo.

- E então o que aconteceu? - Pergunto e a morena da de ombros. Mas em seguida ela arregala os olhos e me puxa para dentro de sua casa.

- Você tá doida? - Pergunto e ela corre pra frente da tv e liga num canal que provavelmente é do Canadá. Um canal de notícias.

" Pessoas estão desaparecendo sem deixar rastro. Foram mais de 100.000 casos registrados e esse número cresce mais e mais. Todos os países do mundo estão com esse acontecimento.  Então a ONU resolveu criar um contabilizador e assim saberemos quantas pessoas estão sumindo. E quantas ainda estão por aqui. "

E assim, acaba a transmissão e um link aparece na tela. " Contabilizador"

Copio o link e aparece um número na tela do meu celular. 2 mulheres.

- Você tá vendo isso Lauren? - Pergunto nervosa e olho em seu rosto, a morena está com as mãos tremendo.

- Não é possível. Eles não tem como saber! Como que eles contam todas as pessoas do mundo e transformam em números? Isso é impossível. - Ela diz exaltada e se levanta nervosa, e começa a andar em volta do sofá. Me aproximo do seu corpo e seguro gentilmente em seus ombros.

- Se acalma Lauren. Eles são a porra da ONU, e os caras sabem o que falam. Todo mundo que nasce já possui um chip no corpo e você sabe disso, então esse número tá certo.

- Então como que nós duas somos as únicas? E se nós desaparecemos também? - Ela pergunta nervosa e eu a abraço para tentar acalmar seu coração. Eu estou surtando por dentro também, mas duas pessoas surtadas não dá certo. Lauren me abraça também e acalma sua respiração.

- Nós somos as únicas pessoas nesse mundo enorme. Podemos viver do jeito que nós queremos. Já que nós duas podemos sumir a qualquer instante, vamos viver como se não tivesse amanhã. - Eu digo e Lauren solta uma risadinha e se separa do meu abraço. 

- Talvez não exista. E aí o que faremos? - Ela pergunta me olhando fixamente e eu retribuo o olhar.

- Vamos esperar para ver.

Eai suas boiolas. Mais uma fic Pra vcs.

Vou esclarecer umas coisinhas.

1° a fic se passa no futuro bem longe do que imaginamos, então industrias de hidrelétrica e essas coisas funcionam sozinhas. Então luz e água elas terão.

2° Preciso de uma capa decente k

É só isso mesmo aproveitem suas boiolas

By abouthisgily

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