3º Capítulo

423 27 5
                                    

NOTA: Eu escrevi o capítulo a ouvir essa música por isso pus aqui para se quiserem ouvir enquanto lêem.
____________________________________________________________
- Eu fiz-vos uma pergunta! O que é que vocês têm para me contar? - já estava a ficar impaciente e nervosa com tanto mistério.
- Filha, tem calma. - a minha mãe pediu-me docemente.
- Como é que queres que eu tenha calma se acabei de saber que os meus pais me têm mentido durante 17 anos?
- Eu sei que não é fácil filha, mas tem calma. Senta-te, por favor. Eu e o teu pai vamos contar-te tudo.
Sentei-me tal como a minha mãe me pediu eu fiquei quieta à espera que um deles decidisse começar a falar. O meu pai tomou iniciativa:
- É assim filha, eu sei que vai ser muito difícil para ti ouvires isto mas eu peço-te por tudo para teres calma.
- Eu vou tentar, não posso prometer nada mas vou tentar. - estava prestes a rebentar de tão impaciente que estava.
- Então é assim... - o meu pai começou e olhou para a minha mãe. A minha mãe assentiu como quem estava a dar-lhe coragem. - Tu nunca conheceste a tua família paterna porque eu fugi de Inglaterra com a tua mãe e ninguém sabe de mim. Basicamente devem pensar que estou morto. - o meu pai suspirou ao dizer a última frase.
- Mas... Porque é que tu fugiste de lá? - eu perguntei indignada.
- Eu vou-te contar a história toda, já está na altura. Então é assim: quando eu tinha 21 anos fui pai pela primeira vez, de um menino. Ele tinha 5 meses quando eu conheci a tua mãe. Aquilo que aconteceu entre mim e ela foi o que se chama amor à primeira vista, assim que eu olhei para ela eu senti de imediato borboletas na minha barriga. Falei com ela, ficámos a falar durante o resto do dia. Passaram-se duas semanas e eu e a tua mãe estávamos juntos e era hora dela se vir embora. Eu pensei bastante até decidir que queria vir com ela e construir uma família ao lado dela, mesmo deixando um filho para trás. Arrependo-me de o ter deixado porque ele não tem culpa nenhuma, mas com a tua mãe eu fui e sou feliz que é uma coisa que eu não era com a mãe do teu irmão. - quando acabou de falar, o meu pai estava lavado em lágrimas, assim como eu.
Eu não conseguia dizer nada, só chorava. Não aguentei mais, eu tinha que pensar muito bem no assunto. Levantei-me do sofá e corri para a porta de casa. Antes de sair ainda ouvi a minha mãe a chamar-me mas não liguei. Corri em direção à casa da Filipa, que era apenas um quarteirão à frente da minha. Assim que cheguei toquei desesperadamente à campainha. Graças a deus que quem abriu foi a Filipa. Só consegui abraçá-la, não disse nada.
- Calma princesa, está tudo bem. Eu estou aqui. - ela sussurrou ao meu ouvido durante o abraço.
Quando a larguei entrámos e sentamo-nos no sofá. Ela olhou para mim e perguntou:
- Queres falar sobre o que aconteceu? - acenei que sim com a cabeça.
Comecei a contar tudo, exatamente como o meu pai me tinha dito e a cada palavra que dizia ela abria mais a boca.
- Oh meu deus, eu não acredito. - ela disse chocada.
- Pois... Nem tu nem eu. Mas eu quero conhecer a minha família, eu quero conhecer o meu irmão. Não vou desistir enquanto não os encontrar.
- Acho que fazes muito bem! Eu apoio-te a 100% amiga!
- Sim, é isso. E vou começar já hoje a procurar e tenho uma semana para descobrir. Sim, porque assim que acabarem as aulas eu vou apanha o primeiro avião para Inglaterra.
- Ai que sorte! Espero que os encontres e que os adores!
- Também eu... Também eu... - suspirei - bem então eu vou-me embora. Obrigada por tudo, adoro-te princesa.
- Não tens que agradecer. Desde sempre para sempre. Adoro-te bby.
Quando saí pus-me a caminho de casa. Assim que entrei os olhares foram postos em mim.
- Filha! Estava tão preocupada contigo. Nem atendias o telemóvel nem nada. Onde é que te meteste? - a minha mãe veio logo ter comigo preocupada.
- Fui a casa da Filipa. Não se preocupem, eu estou bem. Só queria fazer umas perguntas ao pai...
- Claro filha, pergunta tudo aquilo que tiveres para perguntar.
- Como é que se chama o meu irmão? - quero saber tudo o que o meu pai sabe sobre ele e o resto da família.
- Ele chama-se James e tem 20 anos. Os olhos dele eram azuis como os teus, mas ele era loirinho. - o meu pai falou a sorrir e com lágrimas nos olhos.
- E vocês e os avós moravam onde?
- Nós morávamos mesmo na rua dos avós, era em Bournemouth, Dorset.
- E como é que se chamavam a avó e o avô?
- A avó era Rose e o avô era Daniel. Daí o teu irmão se chamar James Daniel McVey.
- Pois... Obrigada pai.
- Mas para quê tanta informação?
- Porque daqui a uma semana vou para Inglaterra procurar a minha família. Já acabo as aulas esta semana, por isso quanto mais rápido melhor. - eu falei determinada.
- Acho que fazes bem, eu quando ganhar coragem também quero ir lá...
- Vais ganhar e vai correr tudo bem pai, vais ver. - eu encorajei-o.
Subi para o meu quarto e fui dormir.
**********************************************
Já se tinha passado uma semana e eu já tinha alugado um quarto de hotel na zona para ficar já tinha comprado o bilhete. Basicamente está tudo tratado e eu estou ansiosa por entrar naquele avião.
- Porta-te bem filha. Não te esqueças, fica o tempo que precisares e tem muito cuidado. - a minha mãe avisou preocupada.
- Não te preocupes mãe, eu desenrasco-me bem sozinha.
- Boa sorte filha, assim que tiveres notícias diz-me, por favor - o meu pai implorou com lágrimas nos olhos.
- Não se preocupem, eu fico bem e assim que tiver novidades eu digo-vos. Bem agora estão a chamar o meu voo, tenho que ir. Amo-vos, vou ter muitas saudades vossas. - abracei-os com muita força.
- Também te amamos filha, boa viagem. - eles falaram ao mesmo tempo.
Segui até ao avião e entrei, como fiquei do lado da janela antes da partida acenei aos meus pais. É agora que eu vou descobrir o resto da minha família.
_________________________________________________
Olá meninas! Eu espero mesmo que vocês estejam a gostar! Gostava que votassem e que comentassem o que estão a achar. Obrigadaa!
Beijinhos <3

I Choose You - Connor Ball (The Vamps) {parada}Onde histórias criam vida. Descubra agora