Hilito

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I know you know I'd do whatever for your love
But I took you for granted now I'm hanging from a rope (en un hilito)

Tu te vas y yo he quedado solo (en un hilito)
Estoy en vela ya no cierro los ojos
Colgando en un hilito sin tu amor

             Hilito, Romeo Santos

P.o.v Alonso Ruidiaz

A cinco anos concílio a máfia com investigações pessoais em busca do paradeiro de minha esposa que desapareceu sem deixar rastro.
Devido a meu estilo de vida atípico por diversas  vezes levei em conta a possibilidade de um sequestro, mas logo a mesma fora descartada quando encontrei o closet que dividíamos parcialmente vazio. Penso que pela dor de não ter minha esposa por perto preferi acreditar que Carolina havia sido levada por algum de meus inimigos, era mais fácil do que admitir que ela havia me abandonado por vontade própria. Meses depois ao encontrar um teste de gravidez em baixo do armário do banheiro que compartilhávamos entendi o motivo de seu sumiço, me revoltei com a confirmação de que ela havia me abandonado por uma criança que ainda nem tinha vindo ao mundo e por mais que as evidências gritassem que minha mulher na verdade havia fugido e não tinha a menor vontade de ser encontrada, jurei a mim mesmo traze-lá de volta para meus braços.

Quando tive conhecimento do bebê que Carolina carregava, fui capaz de odiar meu próprio filho, o culpei sendo que o maior responsável pela fuga de Carolina era eu que fazia questão de reafirma o quanto um filho seria algo indesejado para mim, sumir foi a form que ela encontrou de proteger a vida que crescia dentro de si, Carolina não teria suportado minha rejeição com nosso filho.

Quando lembro do comportamento de minha mulher semanas antes da fuga, vejo que ela considerou me dar a notícia de que seria pai, Carol chegou a perguntar se eu realmente não gostaria de ter filhos, certamente ela já sabia que estava grávida.

Durante os cinco anos que se passaram em nenhum momento pensei em desistir de procurá-los é agora mais do que nunca preciso que isso aconteça.

Nos últimos meses o conselho da máfia vem se reunindo em reuniões mensais é um dos tópicos abordados foi justamente o desaparecimento de Carolina, o conselho alega que preciso colocar a máfia em primeiro lugar e sugeriram que eu me casasse novamente, talvez um casamento para formar uma aliança com alguma outra organização. Apesar de não concordar, não os condeno, são as regras é como chefe e meu dever colocar a máfia acima de qualquer coisa, é minha obrigação produzir um herdeiro para  a cadeira de nossa família na máfia.

Obviamente não concordo com essa loucura até porque já sou casado e não é o sumiço de Carolina que anula nosso compromisso, sem falar que não existe a menor chance de que eu forme uma família que não seja com Carolina, mas se eu não encontra-lá vou ter que me casar novamente e dessa vez por conveniência.

As batidas na porta de meu escritório me trazem de volta à realidade e consequentemente me lembram que tenho bastante trabalho e ficar recordando o passado não vai ajudar.

— Entre - dou a permissão.

Sentado de forma confortável em minha cadeira observo meu sub-chefe e primo Pablo Guerra adentrar em minha sala, sinalizo para que feche a porta para que tenhamos privacidade, ninguém se atreveria a entrar em minha sala sem minha permissão ou ser anunciado antes mas como diz o ditado, melhor prevenir do que remediar.

 — Sente-se – aponto para a cadeira em minha frente.

Rapidamente Pablo se acomoda na cadeira, observo atentamente o homem em minha frente que raramente aparece a não ser que seja solicitado, por mais que ele ame testar minha paciência, para Pablo estar aquí algo grave aconteceu.

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⏰ Última atualização: Aug 08, 2023 ⏰

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