Originals (Romance Gay)

Twenty Two

Naquela manhã o sol brilhava intensamente do lado de fora, Yejun terminou de arrumar a filha e deu dois tapinhas leves em seus ombros dando um sorrisinho ao ver como a menina estava bonita, Yejun gostava de mimar a garota já que quase nunca fora tão mimado por seus pais, e passara pouco tempo com Nikolai para isso, Nikolai...., Yejun havia saído tão afetado daquele relacionamento, não saído mas..., era complicado, Dylan buzinou do lado de fora

" você vai mesmo ficar na casa do tio Dylan hoje né? " indagou Yejun afagando os cabelos da criança, Alice sorriu e assentiu

" sim, voltarei a noite papai " a garotinha deixou um rápido selar na bochecha do pai e saiu. Aquele dia era feriado, e Alice queria passar na casa de Taeho e Dylan, então dessa forma Yejun passaria o feriado botando alguns papéis em ordem e roendo as unhas de irritação, quando Yejun vira o carro sumir no fim da rua, ele fechou a porta e se sentou no seu sofá pegando sua caneca de café e abrindo o notebook, seria uma longa manhã.

Yejun almoçou em frente ao notebook, e comeu um lanche em frente a ele, mesmo estando em frente aquela tela colorida ele não havia notado o horário passar diante dele, era quase fim da tarde quando a campainha soou, Yejun soltou seus velhos óculos redondos e se levantou com a caneca de chá em sua mão direita, andando até a porta, ele não se deu o trabalho de olhar pelo olho mágico, apenas abriu, Yejun deixou a caneca de chá cair no chão aos seus pés fazendo ele dar um salto, fazia anos que ele não via aquele rosto, o jovem levou as mãos até a boca tentando conter sua surpresa e uma pitada de alegria ao ver aquele homem, ele não tinha mudado nada, tinha uma barba rala no rosto e seu cabelo estava menor, Yejun deixou um sussurro sair de sua boca, surpreso e emocionado

" Nikolai! " Yejun estendeu sua mão relutante para tocar o rosto do homem para saber se não era apenas uma miragem criada por seu cérebro imaturo, e não era, Yejun sentiu a barba rala punicar sua mão, Nikolai deu um sorriso e segurou a mão do outro que ainda repousava em seu rosto

" Yejun " ah, como Yejun sentiu falta daquela voz, era uma simples palavra, era seu nome, eram 5 letras, mas podiam causar um impacto tão grande em seu coração, Yejun mal tinha percebido que havia começado a chorar

" entre por favor " Yejun abriu espaço empurrando os cacos de sua antiga caneca favorita para o lado, Yejun tinha que arrumar aquilo, Nikolai parou no centro da sala analisando tudo meticulosamente

" faz um bom tempo, não é? " Yejun jogou os cacos dentro do lixo e o encarou, então aquela cena que estava guardada a 7 chaves no fundo de sua mente retornou

" eu não.....eu não amo você "

Yejun suspirou pesado e se virou, ele não achava que voltaria a vê-lo

" o que faz aqui, sinceramente eu estava começando a superar você " Yejun esbravejou atraindo o olhar do vampiro para si " você é um grande filho da puta sabia " Yejun respirou profundamente, ele não podia se descontrolar, não naquele momento

" Yejun, acho que temos que discurir sobre aquilo "

" discutir?, você acha?, olha só, você disse que não me amava, você botou seu sangue em mim!, e me deixou lá, sem nenhuma explicação nem nada " Yejun falou indignado

" Yejun, se acalme por favor, você não é o único que estava sofrendo nesse tempo "

" Me acalmar?, você pede pra mim me acalmar?!, você sumiu por 4 anos, não deu sinal de vida, nem pra mim, nem pros seus irmãos e nem para seu pai, e do nada você aparece na minha porta como se nada tivesse acontecido!, você tem ideia do quanto foi difícil..." Yejun foi interrompido pela voz de Nikolai que esbravejou irritado

" Eu sofri por séculos Yejun, por favor, esses quatros anos foram os piores para mim, você acha que eu quis dizer tudo aquilo?, droga, eu fui obrigado, ou ela iria te matar, eu nunca..." a voz de Nikolai foi baixando, ele parecia estar muito abalado, o som da porta principal se abrindo quebrou a tensão que ali se impregnava, a pequena garotinha entrou com a mochila em suas costas, Yejun encarou a criança com o melhor sorriso forçado que podia

" oi pai, eu disse que ia voltar a noite " Alice abraçou o homem e focou seus olhos no outro homem que parecia confuso " papai, quem é esse? "

" um amigo querida, vai para o quarto, papai vai fazer o jantar e depois nós passamos o resto da noite juntos uh? "

" ok, papai quer conversar com ele né?, ok, ok " e ela sumiu escadas acima.

Desculpem pela demora pessoal, mas finalmente eu tomei vergonha na cara e atualizei.