Nathalie Bomfim

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- Como ele teve a coragem de fazer isso? Ele destruiu toda a família. Eu odeio ele! Odeio muito!

Isso realmente mexeu muito comigo. A raiva e o ódio que eu estava sentindo agora, era surreal. Noah me trouxe até o quarto dele, e eu me segurava para não espancar tudo o que eu via pela frente:

- Não Nathalie, você não odeia. O que ele fez foi muito errado, mas ele ainda é seu pai, foi um completo idiota, mas é seu pai, e você sabe que ama ele. Eu te garanto que essa raiva vai passar, - Noah fala me abraçando - e tudo vai ficar bem, okay? Só da um tempinho antes de ligar pra ele e falar o máximo de palavrão possível.

Eu não sei como, mas esse menino conseguia me trazer uma paz imensa:

-Obrigada meu amor. -lhe dou um selinho- Fala pros seus pais que eu realmente sinto muito por hoje.

-Fica tranquila, eles vão entender. - Noah pisa para fora do quarto, me chamando para segui-lo - Vem, vou te levar pra um lugar muito especial pra mim, talvez seja o meu preferido.

Eu e Noah descemos as escadas, e acabamos esbarrando em sua mãe:

- Ei, ei, ei! Onde os pombinhos vão? Eu ia chamar vocês pra...- Noah fez sinal pra Wendy me olhar, e acho que ela percebeu minha cara de choro - Ah, desculpa. Nath, sei que me conheceu hoje, mas pode contar comigo pra tudo, e olha, quando eu prometo algo, eu cumpro. -segura minha mão, me encarando com uma expressão séria.

- Obrigada dona Wen...

-Opa! Dona não, só Wendy meu amor.

- Obrigada Wendy. - eu rio, e ela me abraça.

- Fico feliz que seja você a namorada do meu filho.

Wendy é realmente um amor, e muito compreensiva por sinal, eu espero ficar mais próxima dela.

Eu e Noah fomos até seu carro, vi que ele começou a sair de Orange, e voltar pra Los Angeles, onde será que ele está me levando?

Eu gosto muito de apreciar o nosso mundo, é ele que me deixa feliz, ver a natureza, cada detalhe dela.
Lembro que em São Paulo, eu sempre ia estudar no bosque, as árvores, os pássaros, o vento, tudo isso me acalmava:

-Amor, não vá muito rápido, por favor. - peço pra Noah, e vejo que ele me escutou, eu realmente precisava de um tempo pra respirar agora.

Ficamos um bom tempo na estrada, diria que uns 40 minutos. Eu e Noah não conversamos nada durante todo o percurso, mas não temos essa coisa de "silêncio constrangedor", a gente apenas aproveitava a presença um do outro.

Começo a reconhecer um caminho bem familiar.

Depois de um tempinho, Noah estaciona seu carro na frente de casa:

- O que estamos fazendo aqui? - pergunto.

Noah abre a porta do carro pra que eu saia, e seguimos até a porta de casa:

- Lembra que eu te falei que iria te trazer para o meu lugar preferido? Bom, aqui estamos.

- Na minha casa? - não tô entendendo nada.

- Pelo amor de Deus Nathalie, sua lerda. É, sua casa.

Entramos, e logo vejo Sam sentada no sofá da sala, ela me olha e logo grita:

- GENTE ELA CHEGOU!

Sam vem até mim, e me abraça:

- Eu sinto muito... -ela fala de maneira calma, e sinto minhas lágrimas voltando.

- Você sabia? -respondo soluçando.

- Sua mãe me ligou.

Olho no meu corredor e vejo Elisa e Melissa vindo até mim, logo, elas, e Noah me abraçam também.

SURPRISE - Noah UrreaOnde histórias criam vida. Descubra agora