Contos

Terror no 112

New Jersey, 2017

Noite muito escura, iluminado apenas pelos faróis do automóvel. Quatro meses planejando essa viagem e parece que tudo cooperou para dar certo, até que o carro resolve quebrar no meio do caminho e os cinco amigos ficam presos na estrada.

O rapaz que dirige é um tanto metido, mas pode ser o mais responsável daquela turma; usa calça jeans, tênis esportivo, camisa polo e seus cabelos bagunçados como alguém que acabara de acordar, nada muito diferente dos jovens daquela idade. Seu nome é Teddy.

Ao lado, seu amigo, de aparência nerd, meia altura, roupas não muito diferentes, porém usa óculos, e seu rosto transmite um medo sem igual. Talvez Dean não quisera ter ido à este passeio. 

No banco de trás duas moças muito bonitas cantarolando, uma de cabelos castanhos claros, conhecida pelos amigos como Liza e a outra tem mechas loiras, cujo nome é Megan, ambas de olhos azuis e irmãs do Dean. É claro, que Jeffer não estava gostando nadinha daquela gritaria do seu lado, embora fosse difícil encontrar algo que ele não se irritasse. Apesar do seu estresse diário, seus quase um 1,90 de altura  e 70% do seu corpo serem músculos, Jeffer era um grande amigo. 

— O que houve? — Pergunta, Dean. 

— Nada demais, deve ter sido o motor. Vou dar uma olhada. — Teddy responde, pegando a lanterna e saindo do carro, não se preocupando que estavam no meio de uma estrada escura, sem ninguém ou barulhos por perto... Como acontecem nos filmes de terror. 

Teddy escuta um barulho e olha para trás, sua visão se perde no meio da neblina, e nada consegue enxergar, então volta seus olhos para o motor, tentando encontrar o problema... Escuta um barulho novamente, porém dessa vez, mais alto. Ele olha novamente para trás, passando a lanterna, procurando algo, mas o que?! — Deve ser coisa da minha cabeça — pensou. 

— Vamos logo, Teddy!! — Megan grita, colocando a cabeça para fora. 

Teddy a ignora completamente, e depois de ter descoberto o motivo do seu carro ter parado, ele o arruma rapidamente e volta para dentro... Sim, ele estava assustado. 

- O que houve, parece que viu um fantasma? — Pergunta, Dean. 

— Nada. Lá fora está muito frio. 

São quase duas horas da manhã e falta dois quilômetros para chegarem no Hotel 112. Não gostaram muito da estrutura do prédio, mas era o único perto da praia onde queriam estar. Todos já dormiam, exceto Teddy que continuara dirigindo e Jeffer que estava comendo Cookies. 

— Como o Dean ronca... Confundo ele com o barulho do motor. — Diz Jeffer. 

— Pelo menos você está ai atrás... — Responde Teddy, sorrindo. — Olhe só, aquele é o Hotel. 

Prédio grande e antigo, marcado por várias árvores e corvos ao seu redor, na parte lateral do mesmo havia uma piscina e bancos para se sentar. 

— Um tanto estranho... — Diz, Liza. 

— Parece que alguém esta com medo aqui... — Megan debocha. 

— Até parece que você não acha estranho... 

— Ah, vamos lá. Vai ser apenas duas noites... O que pode acontecer em duas noites? Os corvos nos devorarem? — Diz Megan, dando gargalhadas. 

Teddy estaciona o carro e repara que às 2:32 da manhã as portas do Hotel estão abertas e há uma atendente de pé, olhando fixamente para eles. Como se já esperassem a vinda dos mesmos. O grupo de amigos saem do carro e caminham lentamente para o Hotel. A atendente abre um grande sorriso e diz: