who am I?

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Três perguntas, foi tudo isso que eu consegui pensar ao abrir meus olhos e tentar me acustumar com a claridade da luz naquela sala branca

Onde estou,
O que aconteceu,
Qual é meu nome?

Tentava procurar um motivo pra eu estar ali naquele lugar, alguma memória no passado para pelo menos me dizer quem eu sou, mas a única coisa que eu conseguia era um branco na minha memória, assim como aquela sala que cada vez mais me causava uma sensação de incômodo, tentava procurar algo que me ajudasse a lembrar de qualquer coisa, até ouvir uma voz grossa soar a alguma distância dali
-ela acordou- falou a voz de um homem que eu julgaria ser um médico, já que pelo o cômodo em que eu estava e pelas milhões de injeções que perfuravam o meu braço, eu parecia estar em um hospital
-graças a Deus- ouvi uma voz que eu juraria ter um tom familiar

A porta se abriu, uma mulher com cabelos ruivos e com olheiras bastante marcadas que eu chutaria ser a dona da voz que ouvi a alguns segundos atrás estava na minha frente, quase chorando, sorrindo, e também parecia cansada, não consegui identificar o que aquela mulher sentia até ela me dar um abraço caloroso, e assim pude sentir o alívio e a felicidade que ela transmitia
-ainda bem que você acordou filha, minha pequena Lydia, você está bem agora ok?- a mulher sussurrou para que só eu ouvisse, aquelas palavras eram como milhões de enigmas pra mim, filha?, você está bem agora?, Lydia?, nada fazia sentido, minha mente estava um confusão, milhares de perguntas surgiam em minha cabeça e eu tinha quase certeza que em meio de tantas dúvidas na minha cara se estampava um grande ponto de interrogação e tive certeza disso quando ouvi um médico que eu acabaria de perceber que estava ao meu lado falar
-o caso foi grave, ela pode ter perdido a memória, mas se tudo ocorreu bem na cirurgia a memória pode voltar em poucos dias
-ela... ela não sabe quem eu sou?- a ruiva mais velha falou e os dois olharam pra mim, eu apenas balancei a cabeça negativamente, a mulher tinha agora um semblante de tristeza, queria consola-la, ajudá-la, mas não sabia como, na verdade na quele momento eu não sabia de nada
-como eu disse a memória pode voltar em poucos dias, o mais recomendável agora são vocês ajudarem ela a lembrar de coisas importantes- o médico falou
"Vocês?" Perguntei mentalmente, rolei meus olhos em toda sala pra tentar achar a quem mais o médico se referia até achar uma pequena janela, nela me observavam três adolescentes, um que parecia ser o mais novo entre todos mais ou menos uns 8 ou 9 anos, loiro, outro moreno com um queixo um pouco torto e finalmente uma morena alta, novamente senti uma sensação de familiaridade mas não conseguia identificar, não conseguia lembrar quem eram, e alguns segundos depois senti uma forte dor de cabeça, fechei os olhos por causa da dor intensa, apaguei.

memory lossOnde histórias criam vida. Descubra agora