Mercedes recebeu com grande alegria a notícia de que o primogênito iria se casar. Principalmente porque a noiva era Rebeca. Organizou um jantar para que o noivado fosse oficializado e fez questão de comprar um presente para o casal.
Desde que haviam iniciado o namoro, Rebeca havia falado com a sogra apenas ao telefone. Elas conversavam como duas amigas e Mercedes, sempre discreta, evitava fazer perguntas a respeito do relacionamento entre o jovem casal.
No dia do jantar, Rebeca estava nervosa. Usava um vestido bonito e uma maquiagem leve, mas sentia-se insegura e amendrontada.
— Tem certeza de que essa roupa está boa, Mariana?
— Claro, amiga. Você está linda. Não fique tão tensa, você sabe que seus sogros te adoram.
— Eu sei que o Antônio já contou pra eles que estamos namorando, mas eu ainda não sei como me comportar naquela casa agora que já não sou mais a empregada. É uma situação estranha.
— Vai dar tudo certo. — Mariana abraçou a amiga. — Relaxa.
Às oito da noite, Antônio a buscou no apartamento. Cumprimentaram-se com um selinho e Rebeca colocou o cinto de segurança. Ficou calada o caminho todo, apertando as mãos uma na outra. Tom percebeu o nervosismo da noiva e tentou fazê-la se sentir bem.
— Querida, não precisa ficar tensa. Você sabe que meus pais aprovam nosso casamento. É um jantar apenas para formalizar a coisa toda. Minha mãe gosta de tradições.
— Eu sei, mas é estranho encarar a dona Mercedes agora que ela já não é mais minha patroa. Não sei se estou preparada.
— Adiamos isso até demais, não acha?
— Sim. E a culpa foi minha. Enrolei de propósito.
— Mas chegou o dia de vencer esse medo bobo. Vai dar tudo certo. — Ele segurou a mão da noiva e a apertou com carinho.
Antes de descer do carro, Rebeca respirou fundo pela enésima vez. Antônio abriu a porta para ela sair e estendeu-lhe a mão.
— Está pronta?
— Pra ser sincera, não.
— Venha. Minha mãe já me ligou duas vezes. Está ansiosa para te ver.
Rebeca segurou a mão do noivo e eles entraram juntos pela porta da frente que dava direto para a sala. Mercedes veio ao encontro deles com os braços abertos e um sorriso gigante. Abraçou a nora e a beijou no rosto.
— Minha norinha querida. Pedi tanto a Deus para que o Tom criasse juízo e te pedisse logo em casamento! Você não imagina o quanto estamos felizes por você fazer parte da nossa família oficialmente.
A jovem não sabia o que dizer. Estava emocionada. Jarbas também veio ao encontro deles. Apertou a mão do filho e também deu um abraço na nora.
— Rebeca, querida. Seja bem-vinda. Por que sumiu desse jeito? Sentimos sua falta.
— Olá, senhor Jarbas, eu também senti saudade de vocês.
— Venham, vamos nos sentar um pouco enquanto o jantar termina de ser preparado. Comprei um champanhe para celebrarmos essa data especial.
Antônio pegou as taças, enquanto o pai abria a garrafa.
— Que Deus os abençoe e que vocês sejam muito felizes! — Jarbas estendeu a taça.
— A vocês, Antônio e Rebeca, meus queridos filhos, todo amor do mundo! — Mercedes brindou com o marido.
Rebeca e Antônio também estenderam as taças e todos brindaram.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Romance Inapropriado 2 - A História de Marcos
RomanceMarcos sempre foi um rapaz intenso, divertido e espontâneo. Contudo, depois do casamento de Tom e Rebeca, algo dentro dele se quebrou. Por mais que tenha se conformado em transformar a paixão pela cunhada em amizade, ainda tem dúvidas se conseguirá...