PASSO NÚMERO 4 EM DIREÇÃO À RIQUEZA: CONHECIMENTO ESPECIALIZADO

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Sua instrução é o que você faz dela; você
achará o conhecimento que o conduzirá onde
quer chegar. Não será preciso começar de baixo
se seguir esse plano simples.

HÁ DUAS ESPÉCIES de conhecimento: o geral e o especializado. O
conhecimento geral, por maior que seja em quantidade ou variedade, pouco serve
para a acumulação de dinheiro. As congregações das grandes universidades
possuem, em conjunto, praticamente todas as formas de conhecimento, conhecidas
da civilização. A maioria dos professores tem pouco dinheiro. Especializam-se
em ensinar conhecimentos, mas não se especializam na organização ou no uso do
conhecimento.
O conhecimento não atrai dinheiro, a não ser que seja organizado e inteligen-
temente dirigido, através de planos de ação práticos, com o objetivo definido de
acumular dinheiro. A falta de compreensão desse fato tem sido fonte de confusão para
milhões de pessoas, que crêem, falsamente, que ―conhecimento é poder‖. Nada disso!
Conhecimento é apenas poder em potencial. Só se torna poder se for, e quando for
organizado em planos de ação definidos e dirigidos a um fim definido.
Esse ―elo ausente‖ em todos os sistemas de educação pode ser encontrado no
fracasso de instituições educacionais em ensinar aos estudantes como organizar e
usar o conhecimento, depois de adquiri-lo.
Muitos cometem o erro de presumir que porque Henry Ford teve pouca
―instrução‖, não era um homem ―instruído‖. Os que cometem esse erro não
compreendem o significado real da palavra ―educar‖. Ela é derivada do latim educo,
que significa eduzir, derivar, desenvolver.
O homem educado nem sempre e o que têm abundância de conhecimentos
gerais ou especializados. O homem educado é o que desenvolveu as faculdades da
mente de tal modo, que poderá adquirir o que deseja, ou seu equivalente, sem violar
os direitos alheios.

Suficientemente “Ignorante” para Fazer Fortuna

Durante a Primeira Guerra Mundial, um jornal de Chicago publicou certos
artigos nos quais, entre outras afirmações, Henry Ford era chamado de ―pacifista
ignorante‖. Ford protestou contra as afirmações e processou o jornal por difamação.
Em juízo, os advogados do jornal pleitearam uma justificação e chamaram Ford para
depor, com o propósito de provar ao júri que ele era ignorante. Fizeram-lhe muitas
perguntas, todas com o fim de provar que, conquanto possuísse considerável
conhecimento especializado, referente à fabricação de automóveis, não passava, de
modo geral, de um ignorante.
Importunaram-no com perguntas como as que se seguem:
―Quem foi Benedict Arnold?‖ e ―Quantos soldados mandaram os ingleses para
os Estados Unidos, para debelar a revolução de 1776?‖ Em resposta à última
pergunta, disse Ford: ―Não sei o número exato de soldados que os britânicos
mandaram, mas sei que era consideravelmente maior do que o que voltou.‖
Afinal, Ford cansou-se dessa espécie de perguntas e, em resposta a uma,
especialmente ofensiva, debruçou-se, apontou o dedo para o advogado que a fizera e
disse: ―Se eu quisesse realmente responder a pergunta tola que o senhor acabou de
fazer, ou a qualquer outra que me foi feita, deixe-me lembrá-lo de que tenho, na minha
mesa, uma fileira de botões elétricos. Se aperto o botão certo, posso chamar a minha
presença, para auxiliar-me, homens que podem responder a qualquer pergunta que eu
queira fazer, referente ao negócio a que venho devotando os meus esforços. Tenha,
pois, a bondade de me dizer por que iria eu atravancar a cabeça com conhecimentos
gerais, para poder responder a perguntas, se tenho homens a minha volta, capazes de
fornecer qualquer conhecimento exigido?‖
Certamente havia muita lógica nessa resposta. O advogado ficou descon-
certado. Todos, no tribunal, compreenderam que era a resposta, não de um ignorante,
mas de um homem instruído. Todo homem que sabe onde encontrar o conhecimento
de que necessita e sabe organizar esse conhecimento em planos de ação, é um
homem instruído. Com a assistência do seu grupo de ―Mente Superior‖, Henry Ford
tinha em seu poder todo o conhecimento especializado de que necessitava, para
capacitá-lo a tornar-se um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Não era
essencial que tivesse os conhecimentos em sua própria mente.

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