De volta ao lar

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- Elizabeth? Vamos, o vôo sai em 2 horas querida. Disse mamãe enquanto carregava as malas até o carro.

-Já estou indo mãe! Só um segundo.

Eu Estava indo passar o verão com meu pai em San Diego depois de anos sem vê-lo seria a primeira vez que iria passar um tempo com ele. Meus pais se divorciaram logo que completei 6 anos, minha mãe descobriu uma traição entre meu pai e a tia Luci, então nos mudamos pra Ohaio

- Quando chegar lá deixe uma mensagem pra eu saber que chegou bem. Disse ela enquanto dirigia até o aeroporto

-Mãe eu irei ficar bem.

Ela respirou fundo enquanto seus olhos começaram a lacrimejar. Essa seria a primeira vez que eu não iria passar o verão com ela, então seria um pouco difícil pra ela aceitar que eu já estou crescidinha.
Chegando no aeroporto me despedi da minha mãe e esperei pelo voo 437-H que iria sair as 11h, enquanto aguardava fiquei observando as pessoas ao meu redor e que talvez algumas delas poderiam esconder segredos sobre seus passados sombrios ou simplesmente poderiam ignorar tudo que ocorreu e viver normalmente, e era o que eu deveria fazer neste verão. Meu vôo chegara no horário exato, eu entrei me sentei, coloquei meu fone de ouvido enquando o avião decolava.
Depois de algumas horas acabei dormindo no avião e tive um sonho estranho, eu estava correndo em um campo repleto de borbloetas a medida que eu corria elas iam sumindo junto com o verde das árvores e das grama, até que tudo tinha se tornado um lugar assustador, no lugar das flores surgiram túmulos no lugar das árvores surgiram pessoas estranhas que ficavam apenas me observando enquanto eu corria desesperadamente. Acordei aliviada e pra minha surpresa já estávamos pousando, meu pai estava à minha espera.

-Querida como você cresceu. Disse ele vindo ao meu encontro com um sorriso aberto

-Oi pai.

Nos dirigimos até o carro enquanto as pessoas ao redor de movimentavam feito formigas desesperadas.

- Como esta sua mãe? Perguntou ele.

- Está bem, ela está trabalhando em um hotel do centro e eu estudo num colégio público da cidade, mas não tenho muitos amigos lá.

- Está tudo bem ? Perguntou ele preocupado.

- Tudo ,só estou cansada da viagem. Respondi

Ele pôs a mão sobre meus ombros com um olhar de preocupação, chegando no portão de casa olhei a vizinhança havia um casarão à frente parecido com aquelas mansões de filme de terror. Eu entrei e subi para o quarto para desfazer as malas enquanto meu pai alcançava a garrafa de água.

-Está com fome Elizabeth? Perguntou

- Não pai , por favor me chame de betty

- Tudo bem filha. Respondeu

Desci as escadas e fui conhecer o resto da casa e não pude deixar de espionar o casarão a frente era meio silencioso e não havia carro na garagem nem luzes acesas, talvez estivesse abandonada.

-Quem mora na casa à frente ? Perguntei curiosa

- O casarão? É a casa da Família Tompson, eles se mudaram há uma semana pra cá, não sei muito sobre eles , quase não saem. Respondeu ele enquanto preparava panquecas.
Sorri e fui até a sala de estar e peguei os livros velhos da estante . O telefone toca

- Trimmm !Trimmm!

Papai atendeu e logo sua feição de alegria mudara, suspeitei que algo grave aconteceu talvez no trabalho ou com alguém próximo à ele, mal sabia eu que era bem pior. Ele pôs o telefone no gancho se sentou ao meu lado e me abraçou.

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⏰ Última atualização: Sep 18, 2019 ⏰

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A Vida Sombria de Betty AndrewsOnde histórias criam vida. Descubra agora